sábado, 1 de dezembro de 2012

I PETROENCONTRO - PETRODART EM JANEIRO


A PETRODART, sempre em busca da excelência no ensino, está organizando o I PETROENCONTRO em SÃO SEBASTIÃO DO PASSÉ / BAHIA.  Para a inauguração de sua SONDA-ESCOLA a PETRODART  irá realizar um grande evento e com a participação de grandes profissionais e a perfuração de um poço de 200 m. Uma EXCELENTE  OPORTUNIDADE para alunos de todo o país colocar em prática tudo aquilo que foi visto em sala de aula, além de aprender a rotina de uma sonda, agregando conhecimentos que a sala de aula não passa, como a logística de aquisição de equipamentos de uma sonda, como buscar fornecedores e tudo que envolve uma operação de uma sonda.

O EVENTO será realizado entre 21 a 26 de JANEIRO DE 2013

PARA MAIORES INFORMAÇÕES : http://petroencontro.com.br/





CILO DE PALESTRA SPE -UFBA




segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PETROLEIROS DO RECÔNCAVO BAIANO ABREM "GUERRA" PELO DIREITO DE EXISTIR

Produtores nanicos de petróleo em terra no Brasil estão em guerra com o Conselho Nacional de Política Energética, ligado ao Ministério de Minas e Energia. Em guerra, não. Em guerrinha.

Microprodutores, se comparados ao tamanho da gigante Petrobras, eles reivindicam "apenas o direito de existir", segundo Anabal Santos Jr., secretário-executivo da Abpip, a Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás.

Carregam atrás de si, apoiando-os, prefeitos (de olho em aumento na arrecadação de impostos), pequenos produtores rurais (interessados em ceder um pedacinho de terra em troca de receber 1% do valor do petróleo extraído de sua propriedade) e um exército de técnicos qualificados (candidatos aos empregos gerados pelos novos campos).

A região do Recôncavo Baiano, de onde pela primeira vez aflorou petróleo no Brasil, nos anos 50, é uma das principais trincheiras desses pequenos petroleiros.

Mas eles também podem ser encontrados em mais Estados do Nordeste, no Espírito Santo e no Amazonas, onde se pratica a exploração do petróleo em terra (onshore).

O cenário destoa daquele a que a Petrobras acostumou o país, a partir do início da exploração da bacia de Campos (costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo), nos anos 1970, quando petróleo virou sinônimo de imensas plataformas em alto mar.

Em Mata de São João, município da Grande Salvador, os poços de petróleo afloram em meio a plantações de mandioca e pequenas criações, cercadas por morros verdes. Muitos ainda são daquele modelo cavalinho de pau -como os que se veem há cem anos no Texas (EUA).

No ano passado, a produção em terra de petróleo no Brasil foi de 182 mil barris por dia (ante um total de 1,9 milhão de barris diários, a esmagadora maioria do mar).

Mas a exploração em terra já foi de 220 mil barris/dia (2003). Essa contração mostra que a Petrobras, responsável por 98% da produção em terra, puxou o freio nos investimentos onshore.

A gigante chegou inclusive a devolver à União alguns campos terrestres com produtividade incompatível com a escala da empresa.

Na contramão do desinvestimento da Petrobras, os produtores independentes mais que triplicaram a sua produção entre 2006 e 2011, quando atingiram 3.000 barris/dia (480 mil litros de óleo diários, o volume de um cubo de oito metros de lado).

"É o olho do dono que engorda o gado", diz um produtor. Eles assumem: são nanicos, mas querem crescer.

A turma, contudo, reclama que não pode porque o governo, a quem compete regulamentar o setor, impede. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, apenas 6% das bacias terrestres brasileiras foram pesquisadas.

"Está mais do que claro que a Petrobras não quer investir nos campos em terra, que apresentam uma escala de produção antieconômica para uma empresa do porte dela. Então, por que não permitir que os independentes o façam?", pergunta Carlos Eduardo Arantes de Freitas, diretor da Alvorada Petróleo.

Os Estados Unidos abriram 4,5 milhões de poços em terra, ante apenas 23 mil no Brasil. Nos EUA, 30 mil produtores pequenos e médios, respondem por 40% da produção de petróleo.

No Brasil, hoje, o universo é de apenas 39 pequenos produtores. "Não estamos pedindo subsídio e redução de IPI e queremos pagar royalties e gerar empregos. Por que é tão difícil?", pergunta-se Freitas.

OUTRO LADO


"O Ministério de Minas e Energia não irá comentar o assunto", afirmou a assessoria de comunicação da pasta ao ser questionada pela reportagem a respeito do por que não se abrem novas rodadas de leilões de áreas em terra para a exploração por pequenos e médios produtores de petróleo.

Na Agência Nacional do Petróleo, a assessoria informou que as rodadas "de certa forma pararam para esperar uma definição a respeito da distribuição dos royalties do petróleo".

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

3ª Palestra - I Ciclo de Palestra da SPE UFBA

Pessoal a 2ª Palestra foi um sucesso, muitas pessoas gostaram e conseguimos arrecadar bastante kg de alimento. Aproveitando divulgando a próxima palestra do I Ciclo de Palestra do Capítulo Estudantil SPE da UFBA com o Eng. da Petrorecôncavo  Silas Oliveira com assunto intitulado:  "Gerenciamento da Rotina Adicionando Valores em Campos Maduros" . 


ATENÇÃO!! ATENÇÃO!!

O Evento será nesta próxima quinta (08/11/2012) e acontecerá no Auditório Magno Valente na Escola Politécnica da UFBA das 10h às 12h. 



ATENÇÃO: O evento será gratuito e sua vaga precisará ser confirmada no site abaixo:



Além de gratuito o Ciclo de Palestra pretende arrecadar alimentos não perecíveis para doar a uma instituição de caridade que futuramente será anunciada. A doação não é obrigatória, no entanto o participante que doar 1kg de alimento irá receber um cartão fidelidade, que após 10 palestras poderá ser trocado pelo certificado de participação no ciclo, com carga horária de 20 horas.

ATENÇÃO: Cada ponto de fidelidade deverá corresponder a 1kg  alimento e a presença em 10 palestras do Ciclo.

Contamos com sua participação!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

11ª Rodada da ANP-SHELL TEM INTERESSE EM TODAS AS ÁREAS DA 11ª RODADA


A Shell tem interesse em avaliar todos os ativos que vão compor a 11ª Rodada de Licitações de blocos de exploração de petróleo e gás pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para maio de 2013, bem como a primeira licitação para o pré-sal, anunciada para novembro pelo governo federal. "Não temos ainda a definição de quais vão ser os blocos. Estrategicamente, temos interesse em todos: offshore (no mar), onshore (terrestres), no Nordeste ou na margem equatorial. 

Vamos esperar a definição (das áreas) e fazer a análise técnica", afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araújo, em palestra organizada pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria, no Rio. Araújo afirmou que a prioridade da petroleira é ser operadora dos blocos que eventualmente arrematar, mas que não descarta atuar em parceria com outras companhias, como não-operadora. Segundo ele, a Shell considera a possibilidade de fazer alianças ou comprar áreas já em exploração por outras companhias. 

"A Shell faz a revisão de seu portfólio regularmente. Desinvestimos há pouco de alguns ativos, mas olhamos oportunidades frequentemente", disse. Para Araújo, a aquisição de ativos é uma alternativa para o crescimento no Brasil. Isso porque, a despeito de novos leilões, as áreas disponíveis para exploração deverão atingir os piores níveis em 2014. "As áreas estarão muito reduzidas. 

A outra alternativa é comprar áreas de quem já está produzindo", afirmou. O executivo ressaltou que a retomada dos leilões pela ANP vai garantir a manutenção e o crescimento da produção de petróleo e gás no País nos próximos anos. "Mais importante que os leilões do ano que vem é a retomada de leilões regulares", disse. Além de blocos offshore, a Shell tem expectativa sobre os blocos terrestres em que vê potencial de boas reservas de gás de xisto (shale gas) no País. 

Araújo preferiu não detalhar planos de exploração do gás não-convencional no Brasil. Em 2013, a empresa faz a primeira perfuração onde há potencial de presença de xisto. "Vamos depender dos leilões para ter uma ideia do potencial. Mas a Shell tem liderança nesse mercado e terá interesse em oportunidades", afirmou.

11ª RODADA - ANP PODE DEIXAR BLOCOS DE EXPLORAÇÃO FORA DA 11ª RODADA DE LICITAÇÕES



RIO - A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, afirmou que a agência e o Ibama devem deixar de fora "um ou outro" bloco de exploração de petróleo da margem equatorial que seriam oferecidos na 11ª Rodada de Licitações. O leilão de concessões ainda não tem data definida para ser realizado. "Em princípio, devem ser 170 blocos", disse Magda, frisando que não há um número definido ainda.

Segundo a diretora-geral da ANP, para que a 11ª Rodada seja realizada em maio de 2013, a nova distribuição dos royalties que está sendo discutida pelo Congresso precisa ser votada até janeiro.

Os blocos que devem ficar de fora, segundo Magda, serão retirados devido a dificuldades para seu licenciamento ambiental. Uma das mais aguardadas pela indústria, a 11ª Rodada também precisa do aval da presidente Dilma Rousseff para ser marcada.

As áreas sugeridas pela ANP foram aprovadas em abril de 2011 pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que na ocasião aceitou a sugestão de oferecer 174 blocos exploratórios em terra e no mar. O destaque são os blocos localizados nas cinco bacias sedimentares que formam a chamada margem equatorial - bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar - que tem similaridades geológicas com o litoral africano onde foram descobertos grandes reservatórios de óleo.Serão também oferecidos blocos nas bacias de Parnaíba, Espírito Santo, Recôncavo e Sergipe-Alagoas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Consultor de petróleo e gás fala sobre os próximos leilões da ANP

A 5X Petróleo desta semana é com o consultor de petróleo e gás, Jean Egito, que explica aos leitores do NNpetro,  as perspectivas para os próximos leilões de petróleo no Brasil e a projeção da Petrobras após as negociações.
1X) NNpetro - A Petrobras será operadora de todos os blocos licitados na Província Pré-Sal e ainda terá 30% de participação nos mesmos. A estatal também tem a opção de participar dos consórcios para adquirir os 70% restantes. O senhor acredita que a Petrobras terá dificuldades financeiras para realizar investimentos nos próximos leilões?
Jean Egito - A formação de consórcios é uma prática adotada pelas empresas de petróleo para mitigar riscos e dividir os investimentos em exploração e desenvolvimento da produção em blocos adquiridos.
O primeiro leilão do Pré-sal está previsto para novembro de 2013 e será o primeiro realizado em regime de partilha de produção. Normalmente, leva-se até oito anos entre o período de exploração e avaliação das descobertas antes de declarar comercialidade de um campo.
 No Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 prevê-se uma produção diária de 4 milhões e 200 mil barris em 2020 - o que representa o dobro da produção atual da Petrobras e consequentemente um caixa igualmente maior.
Com este dado, junto ao fato dos investimentos serem divididos entre os consórcios e o abatimento da parcela do óleo custo, acredito que não haverá dificuldades financeiras para a Petrobras desenvolver novas áreas.

2X) NNpetro - Como o senhor enxerga o cenário da Petrobras no mercado após a realização dos próximos leilões?
Jean Egito - A Petrobras é uma das maiores indústrias de petróleo no mundo e referência mundial em águas ultra profundas. Com o cumprimento das metas do Plano de Negócios e Gestão anunciado em junho passado, o mercado reavaliará a situação.
Acredito que a desconfiança maior não é diretamente em relação à Petrobras e sim em relação à capacidade da indústria nacional em atender as demandas da empresa. Desta forma, a companhia reestruturou sua área de engenharia e criou uma nova gerência executiva no E&P para atuar junto aos estaleiros, fornecedores de itens críticos e demais parceiros para garantir a entrega nos prazos contratados. Particularmente estou muito otimista com o futuro da companhia. 

3X) NNpetro - Exceto a Petrobras, que já terá participação garantida de no mínimo 30% de todos os blocos licitados no próximo leilão do Pré-Sal, quais são as empresas que o senhor acredita que realizarão mais  investimentos na 11ª rodada de licitações de petróleo e gás?
Jean Egito - Acredito que as empresas que já operam no país são as grandes investidoras. Acho também que empresas petrolíferas chinesas vão procurar participação em consórcios para garantir um maior fornecimento de petróleo para seu país, visto que a projeção é de aumento na demanda de petróleo na China. 

4X) NNpetro - O senhor acredita que a demora na realização dos leilões de petróleo – o último foi ofertado em 2008 -  trouxe algum impacto negativo para a industria de óleo e gás brasileira?
Jean Egito - O hiato ocorrido entre o último leilão e o previsto para 2013, não afeta significativamente a expansão brasileira na indústria de petróleo e gás.
No momento vários empreendimentos de grande porte estão ocorrendo mesmo sem termos tido leilões recentemente. Há várias encomendas de navios petroleiros, sondas de perfuração, unidades de produção e outros produtos e serviços que serão fornecidos pela indústria brasileira. Estaleiros estão sendo construídos para atender a esta demanda criada pela Petrobras, OGX e operadoras estrangeiras que atuam no Brasil. Há fornecedores de dutos, árvores de natal molhadas e outros equipamentos se estabelecendo ou ampliando suas fábricas no país.
Os ganhadores dos próximos leilões encontrarão um mercado fornecedor  brasileiro  mais preparado e competitivo para atender às suas demandas por bens e serviços para a exploração e produção de Petróleo e Gás.

5X) NNpetro - Recentemente, a ANP divulgou que a produção média de agosto do pré-sal caiu 2,7% em relação a julho deste ano. O senhor acredita que poder existir nos próximos meses mais reduções? Elas poderão impactar negativamente o leilão do pré-sal?
Jean Egito - A queda de produção se deu por problemas operacionais no Piloto de Lula. A natureza deste primeiro projeto implantado no polo pré-sal da Bacia de Santos de adquirir conhecimento sobre esta nova fronteira exploratória e normal acontecerem alguns contratempos. Mesmo com a queda de produção 03 pontos deste piloto ficaram entre os 5 maiores produtores de acordo com o mesmo relatório. Isso mostra que o potencial do pré-sal muito grande e vai, cada vez mais, atrair o interesse da indústria de petróleo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O petróleo virou gás para Marcio Mello

O empresário Marcio Mello prometeu encontrar um segundo pré-sal na Amazônia e na Namíbia. Até agora, só achou gás — e quem disse que ele desistiu?

 

Márcio Mello, da HRT: o petróleo amazônico ainda não apareceu

  São Paulo - Uma ideia na cabeça, uma lata de Coca-Cola na mão — foi desse jeito que, um ano e meio atrás, o geoquímico mineiro Marcio Mello convenceu gente do mundo inteiro a investir 2,6 bilhões de reais em sua empresa de exploração de petróleo, a HRT.
Sua ideia: enquanto a concorrência se acotovelava para disputar a exploração do pré-sal na costa brasileira, havia espaço para enriquecer achando petróleo em dois lugares bem diferentes — a inóspita Amazônia e a distante Namíbia, no sudoeste africano.
Para tentar provar que a ideia era viável, Mello, que fez carreira na Petrobras antes de se tornar empreendedor, lançava mão da latinha de refrigerante. Nas reuniões com investidores, ele subia na mesa mais próxima e, teatral, abria sua Coca-Cola. Segundo ele, aquela era a metáfora perfeita para mostrar o potencial daquilo que apelidou de “pré-sal amazônico”.
O gás que deixa a lata, dizia, é um indício do líquido que está logo abaixo. Na bacia do rio Solimões, onde a HRT tinha o direito de explorar uma área de 49 000 quilômetros quadrados, seria parecido.
Bastava perfurar, deixar o gás sair e ganhar bilhões com o petróleo escondido sob a floresta. Pena, para ele e quem acreditou na metáfora da Coca-Cola, que, dois anos depois, sua latinha tenha expelido gás, e mais nada.
O contraste entre o que Mello prometeu nas reuniões com investidores e a atual situação da HRT é de impressionar. Ele garantiu que, até junho de 2011, faria jorrar 10 000 barris de petróleo por dia da bacia do Solimões. O “pré-sal amazônico” teria, segundo suas­ estimativas, reservas de 2,6 bilhões de barris — volume que ajudaria a transformar a HRT numa das maiores empresas de óleo e gás do mundo.
Para chegar lá, perfuraria 12 poços na região e teria oito sondas em funcionamento em dezembro de 2011. Na África, a promessa era explorar uma reserva de 7 bilhões de barris de petróleo — equivalente ao campo de Tupi, o maior da bacia de Santos — na Namíbia. Nada disso aconteceu.
A HRT perfurou apenas quatro poços na Amazônia e encontrou petróleo em somente um deles — mas em profundidade tal que a exploração se mostrou economicamente inviável. No resto, só achou gás. “Essa região já havia sido explorada pela Petrobras, que não julgou a extração viável”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
 
Revista EXAME

domingo, 21 de outubro de 2012

BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO É NOVA FRONTEIRA DE EXPLORAÇÃO


A nova fronteira exploratória terrestre de gás natural no País, forma como foi batizada a bacia sedimentar do Rio São Francisco, deflagrou uma febre em busca do insumo em Minas Gerais.

A promessa de grandes reservas do produto resultou em muitos investimentos em prospecções por empresas como Petra Energia e Shell. Mas o início de produção nos lotes já sob concessão é apenas uma expectativa, e companhias que exploram a área estimam que sejam necessários mais dois ou três anos de pesquisas para se ter uma ideia precisa do volume das reservas.

Apenas a Petra, proprietária da concessão de 24 blocos exploratórios na área, previa investimentos de aproximadamente R$ 970 milhões até o ano que vem para viabilizar a exploração de gás na bacia. Dona da maior área de exploração terrestre de gás no País, a empresa já perfurou ou está em fase de finalização de 14 poços na região e fez levantamento sísmico de 20 mil quilômetros.

Apesar de encontrar indícios do combustível, ainda não tem dados para estimar o tamanho das reservas. Segundo a assessoria da companhia, o valor investido até o momento "apenas será conhecido no final de 2012" e a estimativa do volume de gás nos blocos "vai se dar apenas após concluir a fase de avaliação, a partir de 2013".

Atualmente, há 39 blocos sob concessão e o mercado aguardava a realização de leilão de pelo menos outros nove ainda em 2012. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), porém, há planejamento para a realização de novo leilão a princípio em maio de 2013.

A ANP informou que não tem estimativas do potencial das reservas e que "os blocos a serem ofertados" no leilão "ainda serão divulgados".

Otimismo. Mesmo sem conhecimento preciso do volume das reservas, no entanto, as empresas que investem na área estão otimistas com as prospecções. Um dos trabalhos mais avançados é o do consórcio Cebasf, operado pela Orteng Equipamentos e Sistemas, com participação da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas (Codemig) - controlada pelo governo mineiro -, da Delp Engenharia e da Imetame.

Em agosto, a ANP aprovou um Plano de Avaliação de Descoberta apresentado pelo grupo, com vencimento em 2019, para avaliação do potencial de uma reserva próxima a Morada Nova de Minas, na região central do Estado, onde foi perfurado o primeiro poço da Bacia do São Francisco.

De acordo com o diretor de Óleo e Gás da Orteng, Frederico Macedo, a estimativa é de que o volume acumulado na reserva possa chegar a 34 trilhões de pés cúbicos (TCF), equivalentes a 962,7 bilhões de metros cúbicos de gás.

Segundo Macedo, os testes de viabilidade econômica devem ser feitos no início de 2013, quando a empresa planeja perfurar "mais três ou quatro poços". "Devemos iniciar a produção em dois anos", afirmou. A expectativa é de extração de até 8 milhões de metros cúbicos diários de gás.

GÁS DE XISTO TEM FUTURO PROMISSOR

Apesar do baixo investimento, o País tem potencial para se transformar no segundo maior produtor de gás proveniente das rochas de xisto (shale gas) das Américas, ficando apenas atrás dos Estados Unidos, segundo relatório do Instituto de Energia da KPMG Global.

A consultoria se baseia em um levantamento da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre reservas estimadas dessa fonte energética, no qual o Brasil aparece em 10.º lugar no mundo. Os três primeiros líderes em disponibilidade projetada são China, Estados Unidos e Argentina.

"O Brasil tem uma reserva importante de shale gas e deve considerá-la em uma política de mercado envolvendo todas as matrizes energéticas. Isso deve constar no planejamento de médio e longo prazos", diz Manuel Fernandes, sócio da KPMG na área de Óleo e Gás.

De acordo com ele, ainda não foi dada a devida atenção ao shale gas porque há muito foco nas reservas tradicionais. "O gás do pré-sal terá de ser processado, há todo um investimento a ser feito", comenta.

Contudo, ele acredita que o governo federal deverá colocar mais ênfase nessa discussão daqui para a frente. "O governo não pode desprezar essa questão. A presidente Dilma Rousseff sabe a complexidade que é garantir energia de boa qualidade em todos os cantos de um país continental."

No mundo, os Estados Unidos já utilizam o gás proveniente das rochas de xisto em escala comercial. Alguns países do Leste Europeu também têm produzido comercialmente, embora em pequenos volumes.

O estudo da KPMG mostra que, na América do Sul, o governo argentino é o que tem dado maior atenção ao tema e o país concentra mais investimentos. Segundo a consultoria, a China, por sua vez, conta com um plano estratégico do governo e tem fechado parcerias com empresas americanas para adquirir tecnologias e, assim, reduzir a dependência de fornecedores de gás natural, principalmente da Rússia.

O levantamento da KPMG também aponta que, apesar da abundância e do preço competitivo, um dos fatores de risco que é discutido globalmente é que o fraturamento hidráulico das rochas de xisto para a retirada do gás pode causar contaminações nos lençóis freáticos.

Na visão de Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a Agencia Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) deveria realizar levantamentos sísmicos, estudos aprofundados sobre o potencial do País em gás não convencional.

O governo, segundo ele, tem de analisar a questão, e não pode ficar fora do processo. Nos Estados Unidos, a extração do gás não convencional foi impulsionada após incentivos dados pelo governo, como a redução dos royalties.

"Aqui poderia acontecer o mesmo. São necessários estímulos, incluindo desoneração fiscal e linhas de financiamento com juros mais baixos do BNDES", avalia Pires.

De acordo com Marcelo Mendonça, gerente técnico da consultoria Gas Energy, o País necessita de um marco regulatório adequado para que as empresas possam investir com segurança. "A nossa legislação não está preparada, é relacionada ao gás natural, que tem o modelo baseado na produção de petróleo", destaca o especialista.

Quanto aos possíveis riscos ambientais, Mendonça afirma que foram desenvolvidas técnicas e parâmetros a serem seguidos para controlá-los. "Não há nada de proibitivo. Cada tipo de exploração exige cuidados específicos", comenta.

Pioneirismo. A Petra Energia pode ser considerada a pioneira na investigação do gás não convencional no Brasil, especialmente na Bacia do São Francisco, em Minas Gerais.

Isso porque a companhia, que mantém uma equipe de 150 profissionais, concentra sua atuação em bacias terrestres de fronteiras exploratórias, locais que ficaram sem investigação no País. Dessa forma, a Petra não descarta qualquer possibilidade de descobertas de gás ou óleo relacionadas aos reservatórios não convencionais do tipo shale gas (proveniente das camadas das rochas de xisto) e tight sands (proveniente de um tipo de arenito).

A Petra já coletou 21 mil quilômetros de sísmica 2D, o maior levantamento aerogeofísico realizado, além de ter feito 17 perfurações exploratórias. "Nossos levantamentos indicam existência de diferentes tipos de prospectos, entre eles, alguns não convencionais, cujo volume está em avaliação", informou em nota a companhia.

Atuação. A Petra detém concessão de 24 blocos exploratórios na Bacia do São Francisco, numa área que envolve cerca de 103 municípios mineiros. Na Bacia do Amazonas, a empresa possui a concessão de um único bloco.

Já na Bacia do Paraíba, a empresa conta com mais 7 áreas exploratórias em parceria com as empresas OGX e MPX, do empresário Eike Batista, onde já foram anunciadas duas descobertas de gás em reservatórios convencionais.
A produção de gás natural da Petra Energia está programada para o início de 2013.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

ANP QUER INICIAR EM JANEIRO AS EXPOSIÇÕES SOBRE 11.ª RODADA

O diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Helder Queiroz afirmou nesta quarta-feira que a autarquia pretende iniciar em janeiro exposições para apresentar às empresas as áreas a serem ofertadas na 11.ª rodada de licitações. Serão 87 áreas em terra e 87 em mar, mas o número está em processo de revisão e pode ser reduzido marginalmente.

O cronograma da ANP depende da aprovação da Lei dos Royalties no Congresso e do agendamento de data para o leilão pelo governo. O Ministério de Minas e Energia (MMA) previu a realização para maio, embora condicionada à aprovação da Lei dos Royalties. No momento, a agência revê, junto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), licenciamentos ambientais concedidos. Caso haja algum impedimento, blocos poderão ser retirados para evitar atrasos no programa exploratório mais à frente.

Queiroz, no entanto, disse que a redução do número de blocos, se ocorrer, será marginal, inferior a 10%. As exposições serão feitos também no exterior para detalhar os estudos geológicos e de sísmica feitos pela ANP. Ele afirmou acreditar que, depois de definida a data do leilão, a agência precise de cem dias para organizar a rodada, uma vez que há etapas a serem cumpridas com prazos regimentais. Em mar, o foco estará na Margem Equatorial. Em terra, no Recôncavo e na Bacia de São Francisco.

O diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Helder Queiroz afirmou nesta quarta-feira que a autarquia pretende iniciar em janeiro exposições para apresentar às empresas as áreas a serem ofertadas na 11.ª rodada de licitações. Serão 87 áreas em terra e 87 em mar, mas o número está em processo de revisão e pode ser reduzido marginalmente.

O cronograma da ANP depende da aprovação da Lei dos Royalties no Congresso e do agendamento de data para o leilão pelo governo. O Ministério de Minas e Energia (MMA) previu a realização para maio, embora condicionada à aprovação da Lei dos Royalties. No momento, a agência revê, junto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), licenciamentos ambientais concedidos. Caso haja algum impedimento, blocos poderão ser retirados para evitar atrasos no programa exploratório mais à frente.

Queiroz, no entanto, disse que a redução do número de blocos, se ocorrer, será marginal, inferior a 10%. As exposições serão feitos também no exterior para detalhar os estudos geológicos e de sísmica feitos pela ANP. Ele afirmou acreditar que, depois de definida a data do leilão, a agência precise de cem dias para organizar a rodada, uma vez que há etapas a serem cumpridas com prazos regimentais. Em mar, o foco estará na Margem Equatorial. Em terra, no Recôncavo e na Bacia de São Francisco.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Técnica Inovadora na Perfuração Revitaliza Campos Maduros na Bahia



O projeto de retomada das atividades na região apresenta um caráter inovador, especialmente pela utilização de modernas tecnologias em campo maduro, fato esse descoberto há 64 anos. O processo consiste na perfuração dos poços, a partir do continente, com alto ângulo de inclinação, com a finalidade de atingir reservatórios de óleo e gás situados abaixo do mar.
Sonda Cross River em Dom João

A região possui uma reserva de por volta de 20 milhões de barris que foi explorada entre o início dos anos de 1950 até 1990, período em que a produção em mar foi suspensa devido a questões ambientais e também pela queda do preço do petróleo, sendo mantida somente a extração de gás natural.

Retomada da produção

A estratégia da Petrobras que consiste na revitalização dos campos maduros teve início em 2003, com investimentos e implantação de novas tecnologias para produzir em reservatórios de petróleo e gás que estão em atividade há vários anos. O principal problema em retomar a produção petrolífera do Recôncavo Baiano, naquela época, era a impossibilidade da perfuração com sondas convencionais em mar, devido a questões ambientais.

A solução pensada foi a perfuração dos poços da terra para o mar. Devido ao reservatório raso, com cerca de 280 metros de profundidade, a exploração na região por meio de sondas convencionais ficava limitada, sem condições de um maior afastamento da costa. A solução encontrada foi realizar a perfuração de forma horizontal, a partir da terra, com a utilização da sonda Cross Rig River (sonda de travessia).

Com investimentos de R$ 230 milhões, espera-se que haja aumento da produção de petróleo, com a perfuração de cerca de 40 poços horizontais que devem aumentar mais 2.500 barris por dia para o Estado.
Segundo a Petrobras, essa é uma experiência pioneira na indústria do petróleo mundial, desenvolvida na Bahia, com o intuito de perfurar poços de petróleo com o uso de sonda Cross Rig, comumente utilizada nas atividades de engenharia, especialmente na construção de pontes.

Com a adaptação desse equipamento, foi possível perfurar poços de petróleo a partir da terra, com cercade três quilômetros de distância em direção ao mar.
A técnica inovadora foi aprovada e a Petrobras está em processo de efetuar o registro da patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

A execução de poços horizontais tem como base o princípio da sustentabilidade, associada também à atual metodologia. No modelo utilizado anteriormente na exploração e produção, os poços de Dom João eram perfurados e depois produziam em instalações localizadas no mar. Com essa nova tecnologia idealizada na Bahia, as águas do manguezal e o litoral da região de São Francisco do Conde ficaram sem a presença das sondas e poços de petróleo.
Base dos Poços Horizontais

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Reservas Não Convencionais- As Areias Betuminosas do Canadá

Conhecidas em inglês como oil sands ou tar sands, as areias betuminosas canadenses são gigantescos depósitos de betume localizados no norte da província de Alberta, com ramificações na vizinha Saskatchewan . Forma semissólida de petróleo cru, mais pesado e de menor valor comercial, esse betume impregna as rochas, compostas basicamente por areia e argila. Quase totalmente imóvel dentro da rocha matriz, o betume não flui para dentro de um poço, como o petróleo cru convencional, e tem de ser extraído por métodos diferentes.
 
O maior depósito de areia betuminosa do mundo fica em Alberta: o Athabasca, nome do rio que atravessa a região. Ele e dois depósitos menores, Peace River e Cold Lake, perfazem uma área de cerca de 140,2 mil quilômetros quadrados, pouco menor que a do Amapá. São terras escassamente povoadas, nas quais predominam a floresta boreal e jazidas de turfa. 
A particularidade maior do depósito de Athabasca é que, ali, o petróleo está perto da superfície – cerca de 10% do campo fica a menos de 75 metros de profundidade. É praticamente uma mina a céu aberto, o que permite que o óleo seja retirado por técnicas de mineração em larga escala.

A extração de petróleo na região começou modestamente, em 1967, num empreendimento da Great Canadian Oil Sands Limited (subsidiária canadense da Sun Oil Company, dos Estados Unidos, hoje independente e renomeada Suncor Energy), mas as cotações internacionais da commodity tornaram o negócio desinteressante por várias décadas. Foi só com a subida dos preços no início deste século que a exploração se consolidou ali. Já em 2001, o Canadá se tornou o maior exportador de petróleo para os Estados Unidos, superando a Arábia Saudita.

No entanto, diferentemente do petróleo saudita, fácil de retirar, o das areias betuminosas canadenses envolve formidáveis custos ambientais. Até meados de 2008, a mineração respondia pela derrubada de 470 quilômetros quadrados de floresta e pela criação de 130 quilômetros quadrados de lagoas de decantação repletas de resíduos tóxicos. Ambientalistas e profissionais da saúde alertam que essa atividade polui substancialmente a atmosfera, ameaça os ecossistemas da área, mata peixes e já contabiliza casos de câncer em humanos.

BP lança projeto de US$ 10 milhões em universidades

A BP, petrolífera britânica, anunciou recentemente um projeto de pesquisa de US$ 10 milhões que envolve a colaboração de cinco universidades brasileiras e três universidades britânicas. O objetivo do projeto é estudar o entendimento da formação da bacia do Parnaíba, nas regiões norte e nordeste do Brasil, por meio de dados sísmicos de reflexão da crosta profunda, sismologia e estudos geológicos.


Indícios de petróleo e gás e os anúncios de recentes descobertas demonstram o potencial da Bacia do Parnaíba, mas esta ainda não é uma província de petróleo estabelecida.

"Isso demonstra o compromisso de longo prazo da BP com o Brasil, onde estamos presentes em cinco bacias, a maioria das quais são fronteiras exploratórias", disse o presidente Regional da BP Brasil, Guillermo Quintero.

Em nota, a empresa declara que algumas bacias cratônicas - grandes bacias terrestres sub-circulares - têm produzido bilhões de barris de hidrocarbonetos, especialmente no Hemisfério Norte, mas a maioria ainda é pouco explorada.

A BP contratou a Global Geophysical em uma base não-exclusiva para adquirir uma linha sísmica regional de 1.440 quilômetros através da bacia, passando pelos estados do Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e Ceará.

Estes dados serão disponibilizados para as universidades, que irão integrar dados geofísicos e geológicos adicionais para a construção de um modelo que irá ajudar a compreender a evolução da bacia.

O projeto vai envolver estudantes das universidades federais do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Brasília e, ainda, do Observatório Nacional. As universidades de Aberdeen, Cambrigde e Oxford irão representar os centros de estudo de fora do país.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

7ª SPEtro da Poderosa e Imbatível Poli da UFRJ - Imperdível!!!

Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escola Politécnica
Capítulo de Estudantes SPE/UFRJ


Sobre a 7ª SPEtro
Um evento consolidado e em expansão.


Chegando a sua 7ª edição, a SPEtro, Semana de Petróleo da SPE/UFRJ, consolida-se como um dos eventos acadêmicos de maior repercussão na Escola Politécnica e em todo o setor petrolífero do Rio de Janeiro. O evento ocorrerá no Centro de Tecnologia da UFRJ entre os dias 29 de outubro e 1 de novembro de 2012 e as inscrições on-line iniciam-se em 22 de setembro.



Essa edição vem com o tema Excelência Tecnológica:

Construindo o Futuro. Nesse contexto, a indústria do petróleo desponta como geradora de novas tecnologias devido aos desafios que surgem em um cenário próximo, envolvendo as mais diversas engenharias e geociências.

A 7ª SPEtro, organizada pelo Capítulo de Estudantes SPE/UFRJ juntamente com o Curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ, caminha para ser a maior edição já realizada. A expectativa de público é de cerca de 1000 pessoas, superando o sucesso do ano anterior. Serão realizadas palestras, mini-cursos, exposição de materiais e estandes das maiores empresas petrolíferas do mundo.

Além disso, realizaremos pelo quarto ano o concurso estudantil de trabalhos científicos na área de Petróleo e Gás, IV Student Paper Contest, premiando os primeiros colocados nas categorias graduação e pós-graduação com R$1.500,00. As inscrições dos trabalhos vão de 19 de agosto à 7 de Outubro. Essa é uma grande oportunidade para destacar-se tanto para o mundo acadêmico, quanto para o mercado de trabalho.

Nos últimos seis anos, a SPEtro contou com a presença de profissionais renomados na indústria e com o patrocínio das maiores empresas do mundo petrolífero, como Shell, Baker Hughes, Devon, Petrobras, BG Brasil, BP, Halliburton, Schlumberger, OGX, HRT, Chemtech, COPPE/UFRJ, Escola Politécnica/UFRJ, LAMCE, IBP, PRHANP/ UFRJ, Nicomex, LabOceano, Radix, Synergia Editora, Sonangol Starfish e CGG Veritas.

Um trabalho de destaque

A SPE, Society of Petroleum Engineers, é a maior organização que atende engenheiros, estudantes e diversos profissionais da indústria de petróleo em todo o mundo. Através de seus programas e atividades, oferece uma oportunidade única ao desenvolvimento da carreira.

O Capítulo de Estudantes da SPE/UFRJ tem por finalidade o compartilhamento de conhecimento e o estímulo a toda atividade relacionada à Indústria de Petróleo. Recentemente, o Capítulo SPE/UFRJ foi condecorado pela SPE com o prêmio Outstanding Student Chapter 2012, como reconhecimento pelo trabalho desenvolvido à nível de mérito excepcional. Além disso, recebemos o Gold Standard Award, identificando que o capítulo cumpriu um grau admirável de atividades. Dentre as atividades realizadas estão o Ciclo de Palestras, a participação nas edições anteriores do PetroBowl regional, conquistando o primeiro lugar em todas, e principalmente as 6 edições da Semana de Petróleo e Gás SPE/UFRJ (SPETRO).

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Brasil tem uma das 5 maiores reservas de gás não convencionais, diz consultoria

O Brasil pode estar entre os cinco maiores detentores de reservas de gás não convencional do mundo, mercado hoje dominado por EUA e China. Teria potencial semelhante ao de grandes produtores, como Argentina e México. A informação foi dada ontem (19) ao Globo por Marcos Tavares, presidente da Gas Energy, empresa de consultoria do setor de gás natural, que está participando da Rio Oil & Gas no Riocentro. O executivo lembra que a vantagem desse gás é que poderá ser produzido no interior do país, que hoje não recebe o gás convencional, quase todo oriundo das plataformas offshore:

“Com o desenvolvimento dessas reservas, poderíamos realmente interiorizar o gás no Brasil, e atrair muitas novas empresas médias e pequenas para esta produção e comercialização, com rodadas do ANP (Agência Nacional de Petróleo) específicas para este segmento da nossa indústria.”

Pioneirismo em risco

Segundo Tavares, sem grandes pesquisas, o país ainda pode alcançar reservas de 500 TCF. Esta é a medida usada pelo setor: um TCF é a possibilidade de fornecer 4 milímetros cúbicos por dia de gás por 20 anos. Hoje, o Brasil tem 13 TCF de reservas provadas e 25 de reservas totais.

“Imagine a quantidade de gás que temos de potencial”, destacou Tavares. “Entretanto, temos de criar para este setor um novo marco regulatório, já que os atuais contratos de concessão não funcionam para o gás não convencional. É preciso definir parâmetros para estrutura do período exploratório, comprovação de reservas, declaração de comercialidade, plano de desenvolvimento, tributação, entre outros”, afirmou.

No Brasil, o gás não convencional mais comum até o momento, sobretudo na Bacia do São Francisco, em Minas Gerais, é o chamado tight gas, encontrado em rochas de baixa porosidade. Na região, a Petrobras está desenvolvendo trabalhos exploratórios, assim como a Petra, uma empresa privada.

Mas especialistas acreditam que o maior volume de reservas de gás não convencional no Brasil são do tipo shale gas, ou seja, gás de xisto.

O presidente do conselho diretor da Associação Brasileira de Indústria Química (Abiquim), Henri Armand Slezynger, chamou atenção ontem, na Rio Oil & Gas, para a necessidade de investimento na produção do gás não convencional. De acordo com o executivo, EUA, China e Argentina já são grandes produtores e é urgente que o Brasil se adapte:

“Nosso pioneirismo na América Latina corre riscos. Não há país economicamente forte sem indústria química forte”, disse.

Falta de dutos é obstáculo

O gás é um importante insumo para a indústria química. Slezynger defende que, se o gás não convencional fosse explorado em sua totalidade, sanaria as necessidades energéticas do mundo por 250 anos. Ele lembra porém que, no Brasil, se esse gás fosse explorado, existiria o obstáculo da falta de dutos.

Segundo o executivo, o setor industrial brasileiro movimentou cerca de US$ 168 bilhões no ano passado, mas poderia ter superado esse valor. “O consumo no país está sendo suprido por importações, o que é uma pena.” Na opinião de Slezynger, para eliminar as importações, seriam necessários investimentos na faixa de US$ 10,2 bilhões até 2020.

Explorando o potencial de reservas não-convencionais

Reportagem retirada do woodgroupnews.com


Este é um momento muito interessante para projetos não-convencionais de petróleo e gás. A crescente demanda internacional por hidrocarbonetos significa que o Wood Group vem ajudando seus clientes a explorar recursos não-convencionais.

Wood Group Wagners
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Em termos simples, petróleo e gás "não-convencionais" são recursos até então considerados muito difíceis ou muito caros de se explorar utilizando métodos tradicionais.
Entretanto, os atuais preços dos hidrocarbonetos levaram muitos países e companhias a reavaliar o valor de suas reservas não-convencionais.
Para alguns países, uma atração adicional está no fato de que esses depósitos, não raro vastos, garantirão décadas de suprimento, senão séculos, reduzindo sua dependência das importações de petróleo e gás.
Muitos desses recursos não-convencionais, em particular os campos de xisto, foram descobertos há décadas. O problema é que, até bem pouco tempo atrás, não existia a tecnologia capaz de permitir a extração das valiosas jazidas de petróleo e gás das camadas permeadas por tais recursos.
Isso vem mudando nos últimos 10 anos.
"Estou empolgado com o potencial de gás de xisto e pela rapidez com que a indústria tem avançado para aprender como extrair esse gás de maneira segura", afirma Don Miller, gerente de marketing da Wood Group Logging Services, empresa que fornece uma linha completa de serviços de revestimento de poços para extração de xisto e outras complexas situações de completação. Dentre estas se destacam a perfilação de poços revestidos, perfuração, perfuração com tubos, recuperação de tubulações, inspeção de revestimentos e perfis de produção para poços horizontais e verticais.
Esse novo conhecimento contemplou, de forma notável, uma experiência com a perfuração de poços horizontais que seguem as camadas de xisto e o fraturamento hidráulico ("frac'ing"), que utiliza fluido sob alta pressão para criar fissuras na rocha e, assim, permitir a liberação do petróleo e do gás do xisto, fazendo com que fluam na direção do furo do poço. Nos EUA, o governo está cooperando com a indústria para estudar os eventuais impactos do fraturamento nos lençóis freáticos.
"No poço não-convencional, o furo tem duas partes: a seção vertical, que leva até a estrutura betuminosa, e depois a seção horizontal, que expõe a rocha com o maior depósito", explica Don.
"Descer não é tão problemático quando a gravidade está do seu lado. À medida que a perfuração passa para o sentido horizontal, porém, a vida se torna mais difícil, pois a gravidade certamente não trabalha a seu favor."
A exploração de depósitos betuminosos não raro exige a instalação de uma infra-estrutura até então inexistente. Isso está expondo uma carência de pessoal à medida que o setor se aquece, além, claro, de oportunidades para as empresas do Wood Group.
"Esperamos tirar proveito de nossa consolidação nessas áreas de xisto, pois os recursos estão escassos em todo lugar, não apenas em termos de infra-estrutura, mas também em termos de pessoal qualificado", aponta Mitch Fralick, presidente a Associação de Auxílio ao Produtor (Producers Assistance Corporation, ou PAC) do Wood Group, sediada em Houston.
A PAC oferece uma vasta gama de recursos humanos para operadoras de poços, desde consultores de completação de perfuração até equipes de apoio de operação e manutenção (O&M). Um indicador do crescimento da exploração de xisto pode ser detectado no fato de que 30% dos 560 empregados da PAC no momento estão envolvidos com esse tipo de jazida.
Além das novas tecnologias, as novas atividades também inauguraram novos métodos de perfuração. "As operações em células têm se tornado mais comuns, o que permite perfurar um maior número de poços a partir de uma menor área de superfície, minimizando a destruição da paisagem", afirma Ian Milne, presidente da área de controle de pressão do Wood Group.
Em algumas das células maiores, não é raro ver operações simultâneas de perfuração, fraturamento e circulação reversa acontecendo em harmonia. "É algo digno de contemplação", afirma Ian.
Wood Group Pressure Control
Jesse Campos (à esquerda) e Paul Barnett, funcionários da área de controle de pressão do Wood Group, inspecionam equipamentos de um poço de gás no Xisto Haynesville, próximo a Shreveport, Louisiana, EUA.



A área de controle de pressão do Wood Group desenvolveu novos equipamentos para atender poços não-convencionais. A instalação rápida e segura de cabeças-de-poço e equipamentos para controle de poços é importante. Além disso, constitui serviços de aluguel de válvulas de fraturamento e equipamentos auxiliares, oferecendo maior segurança, confiabilidade e eficiência.
A área de controle de pressão do Wood Group oferece total conveniência para seus clientes, oferecendo uma abrangente solução – equipamentos para cabeça-de-poço, aluguel de equipamentos para fraturamento, árvores de produção, além de serviços de instalação e manutenção – tudo a partir de uma única fonte.
Usando o metanoUma vantagem de se usar o gás de xisto é a queima limpa dessa substância. Isto também vale para outro recurso não-convencional, o metano encontrado em jazidas carboníferas (coal bed methane, CBM, ou coal seam gas, CSG).
Essencialmente, o CSG constitui-se de metano adsorvido na matriz sólida do carvão. Sendo altamente inflamável e não respirável, há muito o metano foi considerado mais uma ameaça do que uma vantagem na indústria da mineração, sendo tradicionalmente liberado na atmosfera. Essa prática está mudando. O Wood Group está trabalhando para ajudar a produzir metano de forma segura e eficiente, aproveitando o gás com segurança na forma de subproduto de atividades de mineração e também em projetos implementados primariamente com vistas à extração de metano.
"Atualmente não há uma produção muito grande, mas o potencial é enorme", afirma Alan Fotheringham, gerente-geral da Wood Group Wagners, sediada em Melbourne.
A Wood Group Wagners procura explorar esse potencial. Criada em 2010, a empresa reúne a experiência mundial com instalações de engenharia e produção do Wood Group e o conhecimento de transporte e infraestrutura da Wagner, preparados para atender às mais remotas e inóspitas localidades do estado australiano de Queensland.
Atualmente, todo o CSG produzido na Austrália é destinado ao uso doméstico, seja em geradores de força ou lares. "No entanto, o motivo pelo qual estamos aqui é que nos próximos três ou cinco anos vai aparecer um enorme mercado exportador, por isso o gás será liquefeito e exportado, principalmente para a Ásia", afirma Alan.
Uma característica peculiar do CSG é que ele é acompanhado por grandes volumes de água. Quando a sonda penetra nas juntas rochosas, a água flui para o poço vertical e sobe, liberando o gás em seu trajeto para cima.
Essa água requer tratamento, especialmente em Queensland, onde é muito salobra: "você não pode simplesmente jogar essa água num rio ou córrego", explica Alan. "Historicamente, essa água era desviada para grandes lagoas de evaporação. No entanto, isto foi proibido em função de preocupações ambientais. Essa água deve ser tratada e eliminada de forma benéfica."
A WGW atua com excelência para dar boa destinação a essa água e atualmente estuda uma série de métodos para seu uso, inclusive reflorestamento, injeção em aquíferos, fluxos fluviais complementares e aplicações comerciais.
No outro lado do mundo, uma fonte de energia bem diferente já está sendo explorada em grande escala.
As áreas betuminosas do oeste do Canadá são fontes de vastos recursos. O espesso material betuminoso pode não ter boa aparência, mas estima-se que as reservas canadenses sejam as segundas em tamanho em termos de hidrocarbonetos, perdendo apenas para as da Arábia Saudita.
A IMV Projects, empresa de Calgary especializada em execução de projetos, já está no centro da ação. "A IMV Projects tem se especializado basicamente no desenvolvimento in loco nos últimos 11 anos", afirma Dawn MacDonald, da área de desenvolvimento de negócios.
"Nesses projetos, uma instalação de processamento central gera vapor para as células de poços remotas, sendo que cada uma tem de quatro a 24 pares de poços. O poço superior de cada par é o injetor, o qual leva o vapor para baixo até a subsuperfície das areias betuminosas. O petróleo bruto e o condensado de água são recuperados por meio do poço produtor inferior e fluem para cima por meio de tubulações até a instalação de processamento central, onde são tratados." O petróleo processado normalmente é misturado a diluentes e segue por dutos até instalações de aprimoramento, sendo que a maior parte da produção é exportada para os EUA.
A Wood Group Logging Services, no entanto, está exportando seu conhecimento a partir dos EUA. Embora a maior parte de seu trabalho esteja localizada nos EUA, a empresa também é chamada para cuidar de projetos específicos de clientes de outros países.
Isto se deve, em parte, ao fato de que "operações" não-convencionais em regiões como Ásia, Oriente Médio e América Latina, ainda são, em geral, novas e inexploradas. Na Argentina, por exemplo, a WGLS está cooperando com companhias petrolíferas para estudar como serão essas operações de longo prazo. Com 35% de suas atividades no segmento não-convencional da indústria, a Wood Group Logging Services valoriza a importância desses recursos.

Conteúdo Local: Fortalecendo a cadeia Produtiva no Brasil

Manuel Fernandes - Segunda-feira, 24 Setembro, 2012 - 11:06
Com as atenções do mundo voltadas para o setor de Óleo e Gás do Brasil, a questão do “conteúdo local” traz à tona uma discussão global que ainda vai gerar muita polêmica. A obrigatoriedade de um percentual de até 65% de conteúdo nacional aplicado a esta indústria é um dos assuntos mais discutidos e contestados pelo segmento e chama a atenção dos investidores estrangeiros interessados em adquirir fatias desse mercado.
A recente reivindicação do governo norte-americano para que o Brasil reduza a exigência de conteúdo nacional na exploração de petróleo e gás esquentou ainda mais essa discussão. A insatisfação das empresas dos EUA com as regras do pré-sal se deve ao fato de que eles consideram muito alta a parcela de exigência da legislação brasileira e alegam que isso será uma barreira a sua entrada na exploração da nova fronteira petrolífera brasileira e, por isso, querem ter mais chances de participar do processo com tecnologia e know-how. Um dos argumentos levantados é que as exigências de conteúdo local possam tornar as empresas brasileiras menos competitivas em relação aos concorrentes internacionais, inflacionando o mercado.
Sob outra ótica, esta nova fronteira que se abre para o país não surgiu por acaso, e a discussão acontece num momento extremamente positivo.  Atualmente, no limiar de se tornar um ator importante no setor de óleo e gás mundial, o governo não vai abrir mão de um instrumento que poderá impulsionar a cadeia produtiva deste segmento. Nesse contexto, o conteúdo local será uma contribuição da indústria para o país que terá a economia interna fortalecida e que trará inúmeros benefícios para a sociedade. Esse movimento está sendo considerado como elemento estruturante da atual política industrial, já que dará condições para que os produtores consigam se desenvolver, protegendo a indústria local e, consequentemente, os empregos que ela gera.
No âmbito internacional, a posição mais dura do governo brasileiro para proteger a sua indústria foi tomada especialmente depois da crise econômica internacional. Além disso, o país não é o único a adotar iniciativas que privilegiam o aumento do índice de nacionalização visando ao fortalecimento da cadeia produtiva do país e o estímulo do desenvolvimento tecnológico do setor. Nações como Noruega e Inglaterra já usaram o petróleo para fortalecer a indústria local.
Diante de tantas perspectivas positivas, ainda temos um desafio pela frente, que está na aferição dos índices percentuais mínimos que devem ser aplicados em cada fase do ciclo de exploração e desenvolvimento dos respectivos blocos na indústria de petróleo e gás. A certificação de conteúdo local, uma espécie de auditoria dos custos e investimentos nacionais e estrangeiros, é um instrumento que precisa ser seguido à risca nos contratos firmados entre a ANP (Agência Nacional de Petróleo) e as empresas concessionárias vencedoras das rodadas de licitação de blocos de exploração. Vale lembrar que se os valores declarados pelas empresas como investimentos locais não forem certificados até o final da fase de exploração dos campos licitados, as operadoras estarão sujeitas a multas aplicadas pela ANP. Não se trata, no entanto, de algo que possa interferir no objetivo inicial, que é aumentar a participação da indústria nacional formando poderosas cadeias produtivas.
Chegou o momento para uma discussão franca na sociedade brasileira sobre o papel que o Brasil quer ocupar no cenário mundial da indústria de Petróleo e Gás Natural.  Ao final, o objetivo de todos os agentes é incentivar a criação de uma indústria nacional competitiva, forte e sustentável.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Petróleo Brent x Petróleo WTI

Boa Tarde, Pessoal,
 
A respeito do post abaixo, que cita o petróleo Brent, surgiram dúvidas em alguns leitores sobre esse tipo de petróleo. Bom, esse tipo de denominação  é um termo  ecônomico/técnico que seve como base de cálculo para vender os diferentes tipo de petróleo que temos nas bolsa de valores.
 
Vejam o post que encotrei no blog Economia & Negócios:
 
"Basicamente, o WTI (West Texas Intermediate) é o petróleo comercializado na Bolsa de Nova York, e se refere ao produto extraído principalmente na região do Golfo do México.
Já o Brent é comercializado na Bolsa Londres, tendo como referência tanto o petróleo extraído no Mar do Norte como no Oriente Médio. Por esse motivo, o Brent é referência de valor para a commodity no mercado europeu e o WTI, no mercado americano.
Mas as diferenças vão além da geografia. Como explica Guizzo, há diferenças também no grau de leveza desses petróleos. O WTI é mais leve e, portanto, mais fácil de ser refinado, o que geralmente confere um preço mais alto em relação ao Brent.
Atualmente, o Brent está mais caro que o WTI, mas é preciso lembrar que outros fatores influenciam as cotações, principalmente a situação geopolítica dos principais países produtores, como está ocorrendo agora nos países árabes."

Petróleo leve no Brasil terá melhor qualidade

Segundo Empresa de Pesquisa Energética (EPE), óleo subirá dos atuais 8,4% para 19,2% a partir de 2016


O Plano Decenal de Energia (PDE) colocado em audiência pública pelo Ministério de Minas e Energia prevê que com a produção do pré-sal mais acentuada a partir de 2016, o petróleo brasileiro terá melhor qualidade. O estudo realiza a comparação dos óleos entre 2011-2021.

De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o petróleo leve subirá de 8,4 de participação, porcentagem atual, para 19,2%. O petróleo pesado, de valor mais baixo e de maior veiculação no Brasil, passará de 46,1% da produção total em 2011 para 13,6 em 2021.    O petróleo médio, de maior valor comercial, irá de 45,6% para a liderança dos óleos do país, com 67,3%, conforme estipula a PDE.

A medida internacional estabelecida pelo American Petroleum Institute (API) classifica os tipos de petróleo que indica que a qualidade aumenta quanto mais se aproxima de 50. O óleo é considerado pesado até aproximadamente 22 graus API, e de 22 até 30 graus é médio. Já o petróleo leve é classificado de 31 graus em diante.

Segundo projeções do PDE 2011-2021, o preço do Brent, considerado o mais caro atualmente, que custa US$ 111,53 o barril, reduzirá seu valor para 82,58 o barril em 2021. O petróleo de Marlim (óleo produzido pela Petrobras na bacia de Campos) também sofrerá reduções, pois o mesmo sairá do patamar atual de US$ 98,96 o barril para US$ 72,97 no mesmo período.   
Fonte: Folha de SP

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rio Oil & Gas - Nordeste e EUA lado a lado



Não é só o compositor Luiz Gonzaga superdesenvolvido (foto) que chama atenção nos estandes de Pernambuco. Presente no pavilhão 3, com o Lounge Pernambuco, e no pavilhão 1, com o Complexo Industrial Portuário de Suape, o estado busca parcerias e investimentos para os megaprojetos na região e conta números que fortalecem a aposta dos fornecedores.

Segundo projeção da Condepe/Fipem, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado deve chegar a R$ 120 bilhões nesse ano. Uma das 12 sedes da Copa 2014, Pernambuco passa por grandes transformações e, em parceria com a Petrobras e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), utiliza a feira para atrair investidores. Além do Complexo de Suape, destacam-se outras obras, como a construção da Refinaria Abreu e Lima pela Petrobras, da Ferrovia Transnordestina e da Arena Pernambuco. “Até 2014, serão investidos U$ 22 bilhões só no Porto de Suape. Hoje, o Nordeste representa 29% da população do país e Pernambuco é considerado o centro geográfico da região, estando a apenas 800 quilômetros de oito capitais nordestinas”, destacou Márcio Stefanni, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).

A poucos passos do Nordeste está o pavilhão internacional dos Estados Unidos. Mais de 40 empresas expõem no espaço destinado aos americanos, que aumentou mais de 40% desde 2010 e agora ocupa 750 metros quadrados. Thomas Shannon, embaixador dos EUA no Brasil, ressaltou que, com as recentes descobertas e a maior exploração de petróleo a médio prazo, o setor oferece “oportunidades excelentes”. Ainda segundo Shannon, "essas oportunidades, juntamente com as perspectivas econômicase relações amigáveis entre os países, fazem do Brasil um parceiro ideal para as empresas americanas que buscam parcerias a longo prazo
”.

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