sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Brasil tem uma das 5 maiores reservas de gás não convencionais, diz consultoria

O Brasil pode estar entre os cinco maiores detentores de reservas de gás não convencional do mundo, mercado hoje dominado por EUA e China. Teria potencial semelhante ao de grandes produtores, como Argentina e México. A informação foi dada ontem (19) ao Globo por Marcos Tavares, presidente da Gas Energy, empresa de consultoria do setor de gás natural, que está participando da Rio Oil & Gas no Riocentro. O executivo lembra que a vantagem desse gás é que poderá ser produzido no interior do país, que hoje não recebe o gás convencional, quase todo oriundo das plataformas offshore:

“Com o desenvolvimento dessas reservas, poderíamos realmente interiorizar o gás no Brasil, e atrair muitas novas empresas médias e pequenas para esta produção e comercialização, com rodadas do ANP (Agência Nacional de Petróleo) específicas para este segmento da nossa indústria.”

Pioneirismo em risco

Segundo Tavares, sem grandes pesquisas, o país ainda pode alcançar reservas de 500 TCF. Esta é a medida usada pelo setor: um TCF é a possibilidade de fornecer 4 milímetros cúbicos por dia de gás por 20 anos. Hoje, o Brasil tem 13 TCF de reservas provadas e 25 de reservas totais.

“Imagine a quantidade de gás que temos de potencial”, destacou Tavares. “Entretanto, temos de criar para este setor um novo marco regulatório, já que os atuais contratos de concessão não funcionam para o gás não convencional. É preciso definir parâmetros para estrutura do período exploratório, comprovação de reservas, declaração de comercialidade, plano de desenvolvimento, tributação, entre outros”, afirmou.

No Brasil, o gás não convencional mais comum até o momento, sobretudo na Bacia do São Francisco, em Minas Gerais, é o chamado tight gas, encontrado em rochas de baixa porosidade. Na região, a Petrobras está desenvolvendo trabalhos exploratórios, assim como a Petra, uma empresa privada.

Mas especialistas acreditam que o maior volume de reservas de gás não convencional no Brasil são do tipo shale gas, ou seja, gás de xisto.

O presidente do conselho diretor da Associação Brasileira de Indústria Química (Abiquim), Henri Armand Slezynger, chamou atenção ontem, na Rio Oil & Gas, para a necessidade de investimento na produção do gás não convencional. De acordo com o executivo, EUA, China e Argentina já são grandes produtores e é urgente que o Brasil se adapte:

“Nosso pioneirismo na América Latina corre riscos. Não há país economicamente forte sem indústria química forte”, disse.

Falta de dutos é obstáculo

O gás é um importante insumo para a indústria química. Slezynger defende que, se o gás não convencional fosse explorado em sua totalidade, sanaria as necessidades energéticas do mundo por 250 anos. Ele lembra porém que, no Brasil, se esse gás fosse explorado, existiria o obstáculo da falta de dutos.

Segundo o executivo, o setor industrial brasileiro movimentou cerca de US$ 168 bilhões no ano passado, mas poderia ter superado esse valor. “O consumo no país está sendo suprido por importações, o que é uma pena.” Na opinião de Slezynger, para eliminar as importações, seriam necessários investimentos na faixa de US$ 10,2 bilhões até 2020.

Explorando o potencial de reservas não-convencionais

Reportagem retirada do woodgroupnews.com


Este é um momento muito interessante para projetos não-convencionais de petróleo e gás. A crescente demanda internacional por hidrocarbonetos significa que o Wood Group vem ajudando seus clientes a explorar recursos não-convencionais.

Wood Group Wagners
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Em termos simples, petróleo e gás "não-convencionais" são recursos até então considerados muito difíceis ou muito caros de se explorar utilizando métodos tradicionais.
Entretanto, os atuais preços dos hidrocarbonetos levaram muitos países e companhias a reavaliar o valor de suas reservas não-convencionais.
Para alguns países, uma atração adicional está no fato de que esses depósitos, não raro vastos, garantirão décadas de suprimento, senão séculos, reduzindo sua dependência das importações de petróleo e gás.
Muitos desses recursos não-convencionais, em particular os campos de xisto, foram descobertos há décadas. O problema é que, até bem pouco tempo atrás, não existia a tecnologia capaz de permitir a extração das valiosas jazidas de petróleo e gás das camadas permeadas por tais recursos.
Isso vem mudando nos últimos 10 anos.
"Estou empolgado com o potencial de gás de xisto e pela rapidez com que a indústria tem avançado para aprender como extrair esse gás de maneira segura", afirma Don Miller, gerente de marketing da Wood Group Logging Services, empresa que fornece uma linha completa de serviços de revestimento de poços para extração de xisto e outras complexas situações de completação. Dentre estas se destacam a perfilação de poços revestidos, perfuração, perfuração com tubos, recuperação de tubulações, inspeção de revestimentos e perfis de produção para poços horizontais e verticais.
Esse novo conhecimento contemplou, de forma notável, uma experiência com a perfuração de poços horizontais que seguem as camadas de xisto e o fraturamento hidráulico ("frac'ing"), que utiliza fluido sob alta pressão para criar fissuras na rocha e, assim, permitir a liberação do petróleo e do gás do xisto, fazendo com que fluam na direção do furo do poço. Nos EUA, o governo está cooperando com a indústria para estudar os eventuais impactos do fraturamento nos lençóis freáticos.
"No poço não-convencional, o furo tem duas partes: a seção vertical, que leva até a estrutura betuminosa, e depois a seção horizontal, que expõe a rocha com o maior depósito", explica Don.
"Descer não é tão problemático quando a gravidade está do seu lado. À medida que a perfuração passa para o sentido horizontal, porém, a vida se torna mais difícil, pois a gravidade certamente não trabalha a seu favor."
A exploração de depósitos betuminosos não raro exige a instalação de uma infra-estrutura até então inexistente. Isso está expondo uma carência de pessoal à medida que o setor se aquece, além, claro, de oportunidades para as empresas do Wood Group.
"Esperamos tirar proveito de nossa consolidação nessas áreas de xisto, pois os recursos estão escassos em todo lugar, não apenas em termos de infra-estrutura, mas também em termos de pessoal qualificado", aponta Mitch Fralick, presidente a Associação de Auxílio ao Produtor (Producers Assistance Corporation, ou PAC) do Wood Group, sediada em Houston.
A PAC oferece uma vasta gama de recursos humanos para operadoras de poços, desde consultores de completação de perfuração até equipes de apoio de operação e manutenção (O&M). Um indicador do crescimento da exploração de xisto pode ser detectado no fato de que 30% dos 560 empregados da PAC no momento estão envolvidos com esse tipo de jazida.
Além das novas tecnologias, as novas atividades também inauguraram novos métodos de perfuração. "As operações em células têm se tornado mais comuns, o que permite perfurar um maior número de poços a partir de uma menor área de superfície, minimizando a destruição da paisagem", afirma Ian Milne, presidente da área de controle de pressão do Wood Group.
Em algumas das células maiores, não é raro ver operações simultâneas de perfuração, fraturamento e circulação reversa acontecendo em harmonia. "É algo digno de contemplação", afirma Ian.
Wood Group Pressure Control
Jesse Campos (à esquerda) e Paul Barnett, funcionários da área de controle de pressão do Wood Group, inspecionam equipamentos de um poço de gás no Xisto Haynesville, próximo a Shreveport, Louisiana, EUA.



A área de controle de pressão do Wood Group desenvolveu novos equipamentos para atender poços não-convencionais. A instalação rápida e segura de cabeças-de-poço e equipamentos para controle de poços é importante. Além disso, constitui serviços de aluguel de válvulas de fraturamento e equipamentos auxiliares, oferecendo maior segurança, confiabilidade e eficiência.
A área de controle de pressão do Wood Group oferece total conveniência para seus clientes, oferecendo uma abrangente solução – equipamentos para cabeça-de-poço, aluguel de equipamentos para fraturamento, árvores de produção, além de serviços de instalação e manutenção – tudo a partir de uma única fonte.
Usando o metanoUma vantagem de se usar o gás de xisto é a queima limpa dessa substância. Isto também vale para outro recurso não-convencional, o metano encontrado em jazidas carboníferas (coal bed methane, CBM, ou coal seam gas, CSG).
Essencialmente, o CSG constitui-se de metano adsorvido na matriz sólida do carvão. Sendo altamente inflamável e não respirável, há muito o metano foi considerado mais uma ameaça do que uma vantagem na indústria da mineração, sendo tradicionalmente liberado na atmosfera. Essa prática está mudando. O Wood Group está trabalhando para ajudar a produzir metano de forma segura e eficiente, aproveitando o gás com segurança na forma de subproduto de atividades de mineração e também em projetos implementados primariamente com vistas à extração de metano.
"Atualmente não há uma produção muito grande, mas o potencial é enorme", afirma Alan Fotheringham, gerente-geral da Wood Group Wagners, sediada em Melbourne.
A Wood Group Wagners procura explorar esse potencial. Criada em 2010, a empresa reúne a experiência mundial com instalações de engenharia e produção do Wood Group e o conhecimento de transporte e infraestrutura da Wagner, preparados para atender às mais remotas e inóspitas localidades do estado australiano de Queensland.
Atualmente, todo o CSG produzido na Austrália é destinado ao uso doméstico, seja em geradores de força ou lares. "No entanto, o motivo pelo qual estamos aqui é que nos próximos três ou cinco anos vai aparecer um enorme mercado exportador, por isso o gás será liquefeito e exportado, principalmente para a Ásia", afirma Alan.
Uma característica peculiar do CSG é que ele é acompanhado por grandes volumes de água. Quando a sonda penetra nas juntas rochosas, a água flui para o poço vertical e sobe, liberando o gás em seu trajeto para cima.
Essa água requer tratamento, especialmente em Queensland, onde é muito salobra: "você não pode simplesmente jogar essa água num rio ou córrego", explica Alan. "Historicamente, essa água era desviada para grandes lagoas de evaporação. No entanto, isto foi proibido em função de preocupações ambientais. Essa água deve ser tratada e eliminada de forma benéfica."
A WGW atua com excelência para dar boa destinação a essa água e atualmente estuda uma série de métodos para seu uso, inclusive reflorestamento, injeção em aquíferos, fluxos fluviais complementares e aplicações comerciais.
No outro lado do mundo, uma fonte de energia bem diferente já está sendo explorada em grande escala.
As áreas betuminosas do oeste do Canadá são fontes de vastos recursos. O espesso material betuminoso pode não ter boa aparência, mas estima-se que as reservas canadenses sejam as segundas em tamanho em termos de hidrocarbonetos, perdendo apenas para as da Arábia Saudita.
A IMV Projects, empresa de Calgary especializada em execução de projetos, já está no centro da ação. "A IMV Projects tem se especializado basicamente no desenvolvimento in loco nos últimos 11 anos", afirma Dawn MacDonald, da área de desenvolvimento de negócios.
"Nesses projetos, uma instalação de processamento central gera vapor para as células de poços remotas, sendo que cada uma tem de quatro a 24 pares de poços. O poço superior de cada par é o injetor, o qual leva o vapor para baixo até a subsuperfície das areias betuminosas. O petróleo bruto e o condensado de água são recuperados por meio do poço produtor inferior e fluem para cima por meio de tubulações até a instalação de processamento central, onde são tratados." O petróleo processado normalmente é misturado a diluentes e segue por dutos até instalações de aprimoramento, sendo que a maior parte da produção é exportada para os EUA.
A Wood Group Logging Services, no entanto, está exportando seu conhecimento a partir dos EUA. Embora a maior parte de seu trabalho esteja localizada nos EUA, a empresa também é chamada para cuidar de projetos específicos de clientes de outros países.
Isto se deve, em parte, ao fato de que "operações" não-convencionais em regiões como Ásia, Oriente Médio e América Latina, ainda são, em geral, novas e inexploradas. Na Argentina, por exemplo, a WGLS está cooperando com companhias petrolíferas para estudar como serão essas operações de longo prazo. Com 35% de suas atividades no segmento não-convencional da indústria, a Wood Group Logging Services valoriza a importância desses recursos.

Conteúdo Local: Fortalecendo a cadeia Produtiva no Brasil

Manuel Fernandes - Segunda-feira, 24 Setembro, 2012 - 11:06
Com as atenções do mundo voltadas para o setor de Óleo e Gás do Brasil, a questão do “conteúdo local” traz à tona uma discussão global que ainda vai gerar muita polêmica. A obrigatoriedade de um percentual de até 65% de conteúdo nacional aplicado a esta indústria é um dos assuntos mais discutidos e contestados pelo segmento e chama a atenção dos investidores estrangeiros interessados em adquirir fatias desse mercado.
A recente reivindicação do governo norte-americano para que o Brasil reduza a exigência de conteúdo nacional na exploração de petróleo e gás esquentou ainda mais essa discussão. A insatisfação das empresas dos EUA com as regras do pré-sal se deve ao fato de que eles consideram muito alta a parcela de exigência da legislação brasileira e alegam que isso será uma barreira a sua entrada na exploração da nova fronteira petrolífera brasileira e, por isso, querem ter mais chances de participar do processo com tecnologia e know-how. Um dos argumentos levantados é que as exigências de conteúdo local possam tornar as empresas brasileiras menos competitivas em relação aos concorrentes internacionais, inflacionando o mercado.
Sob outra ótica, esta nova fronteira que se abre para o país não surgiu por acaso, e a discussão acontece num momento extremamente positivo.  Atualmente, no limiar de se tornar um ator importante no setor de óleo e gás mundial, o governo não vai abrir mão de um instrumento que poderá impulsionar a cadeia produtiva deste segmento. Nesse contexto, o conteúdo local será uma contribuição da indústria para o país que terá a economia interna fortalecida e que trará inúmeros benefícios para a sociedade. Esse movimento está sendo considerado como elemento estruturante da atual política industrial, já que dará condições para que os produtores consigam se desenvolver, protegendo a indústria local e, consequentemente, os empregos que ela gera.
No âmbito internacional, a posição mais dura do governo brasileiro para proteger a sua indústria foi tomada especialmente depois da crise econômica internacional. Além disso, o país não é o único a adotar iniciativas que privilegiam o aumento do índice de nacionalização visando ao fortalecimento da cadeia produtiva do país e o estímulo do desenvolvimento tecnológico do setor. Nações como Noruega e Inglaterra já usaram o petróleo para fortalecer a indústria local.
Diante de tantas perspectivas positivas, ainda temos um desafio pela frente, que está na aferição dos índices percentuais mínimos que devem ser aplicados em cada fase do ciclo de exploração e desenvolvimento dos respectivos blocos na indústria de petróleo e gás. A certificação de conteúdo local, uma espécie de auditoria dos custos e investimentos nacionais e estrangeiros, é um instrumento que precisa ser seguido à risca nos contratos firmados entre a ANP (Agência Nacional de Petróleo) e as empresas concessionárias vencedoras das rodadas de licitação de blocos de exploração. Vale lembrar que se os valores declarados pelas empresas como investimentos locais não forem certificados até o final da fase de exploração dos campos licitados, as operadoras estarão sujeitas a multas aplicadas pela ANP. Não se trata, no entanto, de algo que possa interferir no objetivo inicial, que é aumentar a participação da indústria nacional formando poderosas cadeias produtivas.
Chegou o momento para uma discussão franca na sociedade brasileira sobre o papel que o Brasil quer ocupar no cenário mundial da indústria de Petróleo e Gás Natural.  Ao final, o objetivo de todos os agentes é incentivar a criação de uma indústria nacional competitiva, forte e sustentável.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Petróleo Brent x Petróleo WTI

Boa Tarde, Pessoal,
 
A respeito do post abaixo, que cita o petróleo Brent, surgiram dúvidas em alguns leitores sobre esse tipo de petróleo. Bom, esse tipo de denominação  é um termo  ecônomico/técnico que seve como base de cálculo para vender os diferentes tipo de petróleo que temos nas bolsa de valores.
 
Vejam o post que encotrei no blog Economia & Negócios:
 
"Basicamente, o WTI (West Texas Intermediate) é o petróleo comercializado na Bolsa de Nova York, e se refere ao produto extraído principalmente na região do Golfo do México.
Já o Brent é comercializado na Bolsa Londres, tendo como referência tanto o petróleo extraído no Mar do Norte como no Oriente Médio. Por esse motivo, o Brent é referência de valor para a commodity no mercado europeu e o WTI, no mercado americano.
Mas as diferenças vão além da geografia. Como explica Guizzo, há diferenças também no grau de leveza desses petróleos. O WTI é mais leve e, portanto, mais fácil de ser refinado, o que geralmente confere um preço mais alto em relação ao Brent.
Atualmente, o Brent está mais caro que o WTI, mas é preciso lembrar que outros fatores influenciam as cotações, principalmente a situação geopolítica dos principais países produtores, como está ocorrendo agora nos países árabes."

Petróleo leve no Brasil terá melhor qualidade

Segundo Empresa de Pesquisa Energética (EPE), óleo subirá dos atuais 8,4% para 19,2% a partir de 2016


O Plano Decenal de Energia (PDE) colocado em audiência pública pelo Ministério de Minas e Energia prevê que com a produção do pré-sal mais acentuada a partir de 2016, o petróleo brasileiro terá melhor qualidade. O estudo realiza a comparação dos óleos entre 2011-2021.

De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o petróleo leve subirá de 8,4 de participação, porcentagem atual, para 19,2%. O petróleo pesado, de valor mais baixo e de maior veiculação no Brasil, passará de 46,1% da produção total em 2011 para 13,6 em 2021.    O petróleo médio, de maior valor comercial, irá de 45,6% para a liderança dos óleos do país, com 67,3%, conforme estipula a PDE.

A medida internacional estabelecida pelo American Petroleum Institute (API) classifica os tipos de petróleo que indica que a qualidade aumenta quanto mais se aproxima de 50. O óleo é considerado pesado até aproximadamente 22 graus API, e de 22 até 30 graus é médio. Já o petróleo leve é classificado de 31 graus em diante.

Segundo projeções do PDE 2011-2021, o preço do Brent, considerado o mais caro atualmente, que custa US$ 111,53 o barril, reduzirá seu valor para 82,58 o barril em 2021. O petróleo de Marlim (óleo produzido pela Petrobras na bacia de Campos) também sofrerá reduções, pois o mesmo sairá do patamar atual de US$ 98,96 o barril para US$ 72,97 no mesmo período.   
Fonte: Folha de SP

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rio Oil & Gas - Nordeste e EUA lado a lado



Não é só o compositor Luiz Gonzaga superdesenvolvido (foto) que chama atenção nos estandes de Pernambuco. Presente no pavilhão 3, com o Lounge Pernambuco, e no pavilhão 1, com o Complexo Industrial Portuário de Suape, o estado busca parcerias e investimentos para os megaprojetos na região e conta números que fortalecem a aposta dos fornecedores.

Segundo projeção da Condepe/Fipem, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado deve chegar a R$ 120 bilhões nesse ano. Uma das 12 sedes da Copa 2014, Pernambuco passa por grandes transformações e, em parceria com a Petrobras e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), utiliza a feira para atrair investidores. Além do Complexo de Suape, destacam-se outras obras, como a construção da Refinaria Abreu e Lima pela Petrobras, da Ferrovia Transnordestina e da Arena Pernambuco. “Até 2014, serão investidos U$ 22 bilhões só no Porto de Suape. Hoje, o Nordeste representa 29% da população do país e Pernambuco é considerado o centro geográfico da região, estando a apenas 800 quilômetros de oito capitais nordestinas”, destacou Márcio Stefanni, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).

A poucos passos do Nordeste está o pavilhão internacional dos Estados Unidos. Mais de 40 empresas expõem no espaço destinado aos americanos, que aumentou mais de 40% desde 2010 e agora ocupa 750 metros quadrados. Thomas Shannon, embaixador dos EUA no Brasil, ressaltou que, com as recentes descobertas e a maior exploração de petróleo a médio prazo, o setor oferece “oportunidades excelentes”. Ainda segundo Shannon, "essas oportunidades, juntamente com as perspectivas econômicase relações amigáveis entre os países, fazem do Brasil um parceiro ideal para as empresas americanas que buscam parcerias a longo prazo
”.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ANP detalha investimentos em bacias sedimentares

A superintendente de Definição de Blocos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Eliane Petersohn, ressaltou em plenária realizada no segundo dia da Rio Oil & Gas, os investimentos da agência para o desenvolvimento das bacias sedimentares do Brasil. Segundo a executiva, as regiões possuem perspectivas favoráveis em relação à exploração de petróleo e gás. Eliane também afirmou que serão aplicados R$ 1,8 bilhões em 22 bacias até 2014.
Dentre as bacias sedimentares citadas no painel “Fronteiras Exploratórias Terrestres no Brasil”, a superintendente da ANP fez questão de especificar os investimentos aplicados na Bacia do Parnaíba, no qual foram destinados pela agência reguladora, a quantia de R$ 160 milhões. Eliane também informou que o intuito da ANP é realizar a produção de gás na região em 2012, citando como exemplo: os campos Gavião Azul e Gavião Real, ambos operados pela OGX.
A Bacia dos Parecis, localizada na região centro-oeste do Brasil, foi classificada pela executiva como “grande potencial de exploração do país”. Eliane reforçou o interesse na região a ser explorada apresentando o investimento de R$ 400 milhões realizados pela ANP , e afirmou que os recursos aplicados credenciam Parencis como uma das principais perspectivas do país.
Objetivos da ANP
Segundo Eliane, o principal desafio da ANP é continuar os estudos aplicados nas bacias sedimentares do país, assim como, detalhar os dados conquistados visando uma evolução exploratória das regiões. De acordo com a superintendente, a ANP possui 38 bacias sedimentares, sendo que “menos de 5% está em concessão”.

7ª SPEtro da Poderosa e Imbatível Poli da UFRJ - Imperdível!!!

Universidade Federal do Rio de Janeiro
Escola Politécnica
Capítulo de Estudantes SPE/UFRJ

Sobre a 7ª SPEtro

Um evento consolidado e em expansão.

Chegando a sua 7ª edição, a SPEtro, Semana de Petróleo da SPE/UFRJ, consolida-se como um dos eventos acadêmicos de maior repercussão na Escola Politécnica e em todo o setor petrolífero do Rio de Janeiro. O evento ocorrerá no Centro de Tecnologia da UFRJ entre os dias 29 de outubro e 1 de novembro de 2012 e as inscrições on-line iniciam-se em 22 de setembro.

Essa edição vem com o tema Excelência Tecnológica:

Construindo o Futuro. Nesse contexto, a indústria do petróleo desponta como geradora de novas tecnologias devido aos desafios que surgem em um cenário próximo, envolvendo as mais diversas engenharias e geociências.

A 7ª SPEtro, organizada pelo Capítulo de Estudantes SPE/UFRJ juntamente com o Curso de Engenharia de Petróleo da UFRJ, caminha para ser a maior edição já realizada. A expectativa de público é de cerca de 1000 pessoas, superando o sucesso do ano anterior. Serão realizadas palestras, mini-cursos, exposição de materiais e estandes das maiores empresas petrolíferas do mundo.

Além disso, realizaremos pelo quarto ano o concurso estudantil de trabalhos científicos na área de Petróleo e Gás, IV Student Paper Contest, premiando os primeiros colocados nas categorias graduação e pós-graduação com R$1.500,00. As inscrições dos trabalhos vão de 19 de agosto à 7 de Outubro. Essa é uma grande oportunidade para destacar-se tanto para o mundo acadêmico, quanto para o mercado de trabalho.

Nos últimos seis anos, a SPEtro contou com a presença de profissionais renomados na indústria e com o patrocínio das maiores empresas do mundo petrolífero, como Shell, Baker Hughes, Devon, Petrobras, BG Brasil, BP, Halliburton, Schlumberger, OGX, HRT, Chemtech, COPPE/UFRJ, Escola Politécnica/UFRJ, LAMCE, IBP, PRHANP/ UFRJ, Nicomex, LabOceano, Radix, Synergia Editora, Sonangol Starfish e CGG Veritas.

Um trabalho de destaque

A SPE, Society of Petroleum Engineers, é a maior organização que atende engenheiros, estudantes e diversos profissionais da indústria de petróleo em todo o mundo. Através de seus programas e atividades, oferece uma oportunidade única ao desenvolvimento da carreira.

O Capítulo de Estudantes da SPE/UFRJ tem por finalidade o compartilhamento de conhecimento e o estímulo a toda atividade relacionada à Indústria de Petróleo. Recentemente, o Capítulo SPE/UFRJ foi condecorado pela SPE com o prêmio Outstanding Student Chapter 2012, como reconhecimento pelo trabalho desenvolvido à nível de mérito excepcional. Além disso, recebemos o Gold Standard Award, identificando que o capítulo cumpriu um grau admirável de atividades. Dentre as atividades realizadas estão o Ciclo de Palestras, a participação nas edições anteriores do PetroBowl regional, conquistando o primeiro lugar em todas, e principalmente as 6 edições da Semana de Petróleo e Gás SPE/UFRJ (SPETRO).


Todos para a UFRJ!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

PETROBRAS DEIXA POÇO NO AMAPÁ APÓS DESASTRE COM PLATAFORMA

A Petrobras teve uma sonda de perfuração arrastada por fortes correntes marítimas no litoral do Amapá. O equipamento não chegou a se desprender totalmente, mas sofreu uma ligeira inclinação. Com isso, a Petrobras foi obrigada a abandonar o poço, e solicitou à Agência Nacional do Petróleo (ANP) um prazo maior no plano exploratório do bloco no litoral do Amapá para estudar melhor a força das correntes na região que são muito fortes. Os prejuízos, não confirmados pela Petrobras, teriam chegado a US$ 150 milhões, de acordo com uma fonte.

O problema preocupa os diretores da ANP, pois a região, chamada de margem equatorial, estará na 11ª Rodada de Licitações. Outro ponto é que esses estudos podem levar mais de um ano, afetando ainda mais o início da produção, que está em queda hoje no Brasil.


O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, confirmou o incidente, ocorrido no fim de dezembro do ano passado, explicando que o problema aconteceu durante a perfuração do poço exploratório Oiapoque na costa do Amapá/Pará:


- A correnteza mais elevada fez com que o sistema de ancoragem não tivesse o que chamamos de escorregamento e, com isso, houve uma inclinação da cabeça do poço, mas tudo sob controle. Ela continuou ancorada mas escorregou, como se costuma dizer - afirmou.


Correntes com velocidades variadas


De acordo com fontes, a força do mar arrebentou o riser (cabo de exploração) e o B.O.P. (que controla a saída de petróleo no fundo do mar). Segundo técnicos, a plataforma foi arrastada por cerca de 250 metros. Agora a Petrobras está analisando o ocorrido, reestudando a área para voltar a perfurar no local um novo poço.


- A gente está estudando tudo o que aconteceu e as especificidades da região. Precisamos estar preparados em termos de ancoragem para esse tipo de situação. Só depois voltamos a perfurar no local. Quanto mais para cima da margem equatorial, a correnteza é maior - explicou Formigli.


Na Rio Oil & Gas, feira do setor que acontece no Riocentro, executivos de outras empresas comentam os desafios da região.


- Do navio até o fundo do mar, há correntezas diferentes, com velocidades variadas e em direções alternadas. O desafio é muito grande, o que exige uma grande técnica de engenharia - afirmou um deles.


A Petrobras não mencionou o ocorrido no balanço do primeiro semestre. Apenas informou que teve 41 poços abandonados, denominação usada quando a estatal não encontra petróleo ou quando ocorre algum tipo de problema técnico, em que a empresa prefere não dar continuidade à exploração.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Crescimento do setor de óleo e gás depende de esforços

Quando o assunto em debate é a 11ª rodada de licitações ou os garlgalos da indústria petrolífera, a dor de cabeça do Governo acaba passando para os empresários e profissionais do setor de petróleo e gás no Brasil.

Para a secretária do Desenvolvimento da Produção do MDIC, Heloísa Regina Guimarães de Menezes, o setor enfrenta dificuldades e gargalos políticos, mas é preciso um esforço do Governo e das empresas para mudar essa situação.

“Empresas nacionais devem se fortalecer e buscar parcerias que substituam os gargalos da indústria de petróleo e gás no nosso país”, afirmou Heloísa.

Heloísa Menezes ressaltou ainda a importância do Plano Brasil Maior, que visa fortalecer a economia do país. Nesta terça-feira (18), a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.715, que é resultado da Medida Provisória 563, que vai ampliar os benefícios do Plano Brasil Maior. A nova lei inclui o sistema de desoneração da folha de pagamento, institui o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, o Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência, entre outros projetos.

Heloísa também disse que tinha uma mensagem do Ministro Fernando Pimentel, que não pode comparecer devido aos compromissos políticos. “Desejo sucesso a todos na compra e venda de produtos. Que sejam feitas boas parcerias para os centros de pesquisa, e que este evento venha a fortalecer o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás no país”, falou a porta-voz do ministro.

Próximas Plenárias

Nesta terça-feira (18), segundo dia do evento, as plenárias devem abordar a questão da segurança operacional, tema muito debatido pela diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, durante a abertura do evento.

Amanhã ocorrerão as plenárias que tratarão dos temas: Energia e Sustentabilidade, as palestrantes serão apresentadas por autoridades consideradas ícones no mundo nessa área. No último dia do evento, as plenárias serão apresentadas pelos executivos da Petrobras.

Fonte: NN- A mídia do petróleo

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Centro de Treinamento Petrodart

Bom dia, Pessoal,

Nossa parceira Petrodart estar prestes a inaugurar sua sonda-escola. Diferentemente das outras sondas-escolas existentes no país, esta é 100% funcional, ou seja, é uma sonda de verdade, que pode simular todas as operações realizadas numa sonda ( não só as manobras, como a circulação de fluídos, descida de packers e outros equipamentos, e tudo que envolve a perfuração de um  poço). Haverá também, um estação de produção, onde se pode treinar todas as facilidades que envolve a produção.

O Centro de Treinamento Petrodart ficará localizado no município de São Sebastião do Passé , cerca de 60 km de Salvador- Ba, e estará diponivel para treinamentos já a partir do mês de novembro deste ano.

Maiores informações acessem : www.petrodart.com.br

Vejam abaixo as fotos da Sonda -escola:




terça-feira, 18 de setembro de 2012

ANUNCIADA A DATA DA 11ª RODADA DE LEILÃO DE PETRÓLEO

A presidenta Dilma Rousseff aprovou a realização da 11ª rodada de leilão de novas áreas para exploração de petróleo e gás.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff aprovou a realização da 11ª rodada de licitação de petróleo e gás em maio de 2013, em dia a ser estabelecido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A última rodada, a 10ª, ocorreu em dezembro de 2008.

Os blocos a serem licitados serão conhecidos nos próximos dias. Serão 174 blocos, metade deles em terra e metade na margem equatorial. O ministro disse ainda que o governo pretende realizar a primeira rodada com blocos da camada pré-sal em novembro de 2013.

A realização dos leilões da 11ª rodada e da 1ª rodada do pré-sal está condicionada, porém, à aprovação do projeto de lei que tramita no Congresso a respeito da distribuição dos royalties de petróleo.

Segundo o ministro, o governo está em tratativas com o Congresso para assegurar que o projeto de lei seja aprovado ainda neste ano, com a antecedência necessária para a realização dos leilões. "Contamos com a aprovação do projeto dos royalties ainda neste ano, pois as próximas rodadas de petróleo e gás serão realizadas sob a égide da nova lei", afirmou.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PAÍS EXPLORA SÓ 4% DAS ÁREAS COM CHANCE DE PETRÓLEO

Brasil pesquisou só 7% das bacias, mesmo após pré-sal. Especialistas cobram mais investimentos.

Explorar é preciso. Passados quase 60 anos do início das atividades exploratórias de petróleo e gás natural no Brasil, pouco se conhece dessas riquezas existentes em seu subsolo. Só 7% dos 7,5 milhões de quadrados de bacias sedimentares brasileiras já foram pesquisados e, desse total, apenas cerca de 4% estão sendo explorados.

Nessa pequena área estão os 149 mil quilômetros quadrados de pré-sal na Bacia de Santos, onde só 30%, ou 45,6 mil quilômetros quadrados, estão sendo explorados pelo regime de concessão. Baseada em dados atuais, a Petrobras estima que nos blocos do pré-sal, considerando apenas as descobertas já feitas, existam reservas de, no mínimo, 15 bilhões de barris. Isto significa dobrar as reservas brasileiras descobertas nas últimas seis décadas de atividades. Mas estudos da Coppe/UFRJ sugerem que o número possa chegar a 55 bilhões de barris, o que colocaria o Brasil em nova posição no mapa mundial do petróleo. O peso maior do país no ranking global é o tema de um dos principais painéis da Rio Oil & Gas, o maior evento do setor na América Latina, que começa hoje no Riocentro.

Especialistas acreditam que, passados 14 anos da abertura do setor de petróleo no Brasil, com o fim do monopólio exercido pela Petrobras, houve um pequeno avanço na pesquisa sobre as bacias pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Tal estudo é essencial tanto para nortear o interesse das empresas nos leilões, como na exploração dos blocos concedidos. Esse avanço, mesmo pequeno, já permitiu que o setor petrolífero aumentasse seu peso na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do país: de 3%, em 1997, para 12%, hoje.

País continua atraente

Mas, para explorar o potencial das novas reservas do pré-sal, é preciso um esforço político do governo para retomar os leilões, alerta Hernani Aquini, professor da faculdade de Geologia da Uerj e especialista do setor de petróleo e gás. Ele diz que a necessidade de se criar novas oportunidades de exploração para as empresas aumentou este ano, já que a produção de petróleo no país amarga uma queda de 8%:

— Hoje, o Brasil tem as melhores perspectivas, mas é preciso avanço nas rodadas. Desde 2008 não são licitados novos blocos.

As últimas descobertas relevantes no mundo foram no Brasil, mas hoje o pós-sal já tem recuo na produção, e boa parte dessa área precisa de licitação. É uma questão em aberto, pois depende da aprovação da divisão dos royalties pelo Congresso.

Para especialistas, até 2050, preveem-se no país até 15 campos, como o de Lula, na Bacia de Santos, o principal do pré-sal brasileiro hoje.

— Temos que ter garantias de que a promessa vai se realizar e acabar com as incertezas — afirma Aquini.

É preciso explorar as reservas

As petrolíferas privadas nacionais e estrangeiras são unânimes em dizer que, com nova oferta de áreas para exploração, os investimentos poderiam ser bem maiores dos que os atuais.

João Carlos França de Luca, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP, que reúne as pequenas, médias e grandes empresas nacionais e estrangeiras do setor), diz que o Brasil continua atraente para os investidores, não apenas com as grandes perspectivas que se vislumbram com o pré-sal, mas também no pós-sal.

— O pré-sal é um atrativo para todo mundo. Mas, fora o pré-sal, os estudos feitos na nossa margem equatorial, com as oportunidades de descobertas que estão acontecendo no Oeste da África, fazem com que as companhias se interessem em vir para o Brasil — diz ele.

Mas ainda é preciso muito estudo para elevar os investimentos no país. Só agora a ANP faz o primeiro estudo sedimentar da Bacia do Acre, e realiza o segundo levantamento das bacias do Parecis e do Parnaíba, áreas ricas em rochas não convencionais. David Zylbersztajn, ex-diretor da agência reguladora, diz que, se o Brasil não explorar as riquezas do seu subsolo agora, corre o risco de não deixar nenhum futuro para as novas gerações:

— A idade da pedra lascada acabou, não porque a pedra acabou, e sim porque não se precisou mais dela. A era do petróleo pode acabar em pouco tempo com o desenvolvimento de novas fontes mais baratas e renováveis. E o país terá perdido a grande oportunidade de gerar riqueza.

Para Zylbersztajn, o mundo elegeu o petróleo como o grande vilão da natureza, então é preciso explorá-lo com tecnologias modernas, com maior segurança e menos custos.

— Não podemos ficar sentados em cima das reservas sem explorá-las.

ANP diz que pequenos produtores podem fechar sem novos leilões

RIO - A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse há pouco que, sem novos leilões de áreas para exploração de petróleo (o último foi em 2008), os mais prejudicados são os pequenos e médios produtores de petróleo, um novo setor que estava surgindo no Brasil.

A diretora explicou que esses pequenos produtores já chegaram a produzir 3.500 barris por dia, e atualmente já caiu para 2.500 barris diários. No Nordeste, essas empresas empregam cerca de 2 mil pessoas.

Esses produtores sem áreas novas começam a ter suas atividades muito reduzidas. E podem fechar. As empresas grandes têm mais áreas para trabalhar, têm mais fôlego. Ao todo, são cerca de 20 pequenos produtores de petróleo que atuam em áreas terrestres na Região Nordeste.


Magda Chambriard voltou a alertar que os atuais contratos de exploração em vigor terminam todos até 2016, salvo uma ou outra prorrogação que possa ser feita. Magda, contudo, não tem previsão quando a 11ª rodada, que já está pronta na ANP, poderá ser realizada. Isto porque está em discussão no congresso a questão do pagamento dos royalties. Inicialmente, o assunto tratava apenas dos royalties no novo modelo de Partilha para o pré-sal, mas acabou entrando na discussão a mudança do pagamento dos royalties também em relação ao atual sistema em vigor, que é de contratos de concessão.


Está tudo pronto para realizar a 11ª rodada, mas falta essa discussão dos royalties. Existe o receio que essa mudança nos royalties possa afetar esses contratos que seriam assinados daqui para a frente - explicou Magda.

domingo, 16 de setembro de 2012

Gás não convencional nos EUA e AL será destaque em painel


A programação relacionada à exploração de produção de gás na Rio Oil & Gas tratará de três temas principais: O Futuro do Mercado de Gás no Brasil, Gás Natural Liquefeito (GNL) e Gás Não Convencional (especialmente o shale gas, ou gás recuperável nas rochas de xisto).
 
O gerente de Gás do IBP, Jorge Delmonte, observa que, entre os principais assuntos a serem discutidos no evento, destacam-se a perspectiva de o GNL vir a tornar-se uma commodity e a possibilidade de os Estados Unidos virem a se tornar exportadores de shale gas, o que traria forte impacto sobre os preços do produto em escala global.
 
Delmonte explica que, com a tragédia da usina nuclear japonesa de Fukushima, a geração térmica a gás ganhou uma importância “grande e instantânea”. Com isso, acentuaram-se os debates em torno da perspectiva do GNL tornar-se umacommodity. Na Rio Oil & Gas, serão discutidas as vantagens e desvantagens dessa mudança que poderá trazer maior volatilidade ao preço do produto.
 
No que diz respeito ao Gás Não Convencional, além dos debates em relação às perspectivas de decisões norte-americanas, estará em pauta também a possibilidade de produção desse hidrocarboneto em território latino-americano, inclusive no Brasil, e a viabilidade econômica de exploração e distribuição em todo o mundo.
 
Além dessas três grandes linhas de discussão, os participantes do evento interessados especialmente no mercado de gás poderão ter acesso também a debates em torno de subtemas como a questão do GNL na Ásia, a possibilidade de produção desse gás em escalas menores em alguns países ou as vantagens de uma possível, mas difícil integração de gás na América Latina via GNL.
 
O tradicional painel sobre o gás no Brasil terá como destaques temas como a competitividade do produto no País, além do planejamento e expansão da malha de transporte. Um dos pontos-chave de discussão estará em torno dos problemas de infraestrutura para a logística do gás.

FSB Comunicações

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Expositores internacionais se movimentam para a Rio Oil & Gas

Os grandes expositores internacionais já estão prontos para a Rio Oil & Gas, de olho na oportunidade de aumentar a visibilidade das empresas dos seus países junto a representantes do setor de óleo e gás de todo o mundo. Os planos do Canadá e da França revelam crescimento da participação desses países, este ano, em relação aos eventos anteriores.
O Canadá terá um recorde de 43 expositores na Rio Oil & Gas deste ano, um crescimento expressivo em relação ao evento anterior, quando o número chegou a 33. Em 2006, quando participaram pela primeira vez, os canadenses não ultrapassavam oito expositores.
 
A gerente de negócios da área de óleo e gás do consulado canadense, Nadine Lopes, explica que a delegação de 2012 é composta de fornecedores de bens, serviços e tecnologia, interessados em conhecer as oportunidades e entrar no mercado brasileiro “de forma estruturada, com base em estratégias bem planejadas, sempre levando em conta as exigências de conteúdo local e a cultura de negócios no Brasil”.
 
Os franceses também estão reforçando a presença no evento. Hamza Belgourari, da Ubifrance, a Agência Pública Francesa para o Desenvolvimento Internacional de Empresas, adianta que os 50 expositores do seu país contarão com um espaço de 400 metros quadrados no Pavilhão França, com o objetivo de “comunicar que estamos investindo fortemente no Brasil, especialmente nesse setor.
 
A representação francesa na Rio Oil & Gas será liderada pela Total, a gigante multinacional do setor. Belgourari explica que haverá também uma presença importante de empresas que vão trazer possibilidades de soluções tecnológicas, em busca de parcerias em pesquisas de inovação com o Brasil. “A França está investindo cerca de US$ 2 bilhões no Estado do Rio e tem que se manifestar com uma delegação forte”, justifica.

FSB Comunicações

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Painel debaterá dificuldades na formação de trabalhadores

A principal novidade nas conferências da Rio Oil & Gas deste ano é o novo bloco de debates, intitulado Desafios e Cenários da Indústria. Serão sete painéis que vão abordar assuntos como a formação de recursos humanos, prevenção de acidentes ambientais, desenvolvimento tecnológico do setor, cadeia de fornecedores, financiamento da indústria de óleo e gás, aspecto jurídico dos acidentes ambientais e o futuro dos transportes.
O gerente de tecnologia do IBP Raimar Van Den Bylaardt coordena o painel Formação e Qualificação de Pessoal. Segundo ele, a questão da formação de recursos humanos e da certificação de pessoal para a indústria é cada vez mais crítica e, por isso, o objetivo é sair do lugar comum de diagnosticar o problema e discutir o que está sendo feito e as soluções encontradas.
Bylaardt ressalta que o índice de produtividade da mão-de-obra do petróleo é muito baixo no Brasil em relação a outros países e, por isso, a indústria brasileira necessita de muito mais colaboradores e número de horas trabalhadas do que ocorre em termos globais.
Como parte da programação desse painel, Joaquim Passos Maia, da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), vai abordar o problema da certificação de pessoal no Brasil, comparando com o cenário nos Estados Unidos. Outro palestrante será Segen Estefen, da Coppe/UFRJ, que tratará da escassez de “formação de formadores” no mercado.
Já Mária Alves, da Universidade da Petrobras, vai narrar a experiência da instituição com o incentivo à especialização dos alunos desde os cursos de graduação, avançando com foco bem definido na área escolhida até o mestrado, o que contribui para o aumento do nível de qualificação dos profissionais.
Por último, Damian Popolo, da BG, falará sobre a importância da internacionalização da educação no setor e, como exemplo, vai compartilhar a iniciativa da empresa em enviar parte dos bolsistas que apóia para o Reino Unido, onde obtêm importantes informações sobre os principais avanços nas áreas de petróleo e gás em todo o mundo.

FSB Comunicações

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

HRT diz que poço abre nova fronteira na bacia do Solimões

A HRT concluiu teste de formação que confirmou potencial de gás em um dos seus blocos na Bacia do Solimões e revelou uma nova fronteira na região, informou a petroleira brasileira em comunicado ao mercado.
A empresa afirma que o resultado do teste no 1-HRT-9-AM, no bloco SOL-T-191, revela um dos melhores poços de gás onshore já perfurados e testados no Brasil.

O prospecto testado é parte de uma estrutura geológica de aproximadamente 56 quilômetros quadrados de área, situada a sudoeste do Campo de Juruá, com capacidade para armazenar entre 10 bilhões e 32 bilhões de metros cúbicos de gás recuperáveis.

"Este poço não só confirma o alinhamento gaseífero ao sul e a leste do Campo de Juruá, mostrando uma integração com as descobertas de gás dos poços 1-HRT-5-AM, 1-HRT-8-AM e 1-HRT-2-AM, mas também abre uma nova fronteira exploratória a sudoeste", afirmou o presidente da companhia, Milton Franke, em comunicado ao mercado.

A HRT estima que esta estrutura tenha potencial de vazão para produzir até 3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, quando atingir sua fase de desenvolvimento.

A HRT conclui o teste na sexta-feira passada e chegou a uma produção acima de 700 mil metros cúbicos de gás natural por dia, acima da capacidade operacional da planta de teste.

"O resultado demonstra que a bacia do Solimões possui um dos maiores potenciais gaseíferos entre todas as bacias brasileiras, permitindo acelerar o plano de monetização", declarou em comunicado o diretor-presidente da HRT, Marcio Rocha Mello.

Fonte: Reuters
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