Autor: Lavine, Steven D.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Livro- O Petróleo e a Glória
70 Anos de Petróleo no Brasil - Início da Prospecção
A primeira pesquisa de carvão de pedra e minerais betuminosos e oleorresinosos foi autorizada pelo governo imperial do Brasil em 1858. As expedições de iniciativas particulares tinham como objetivo o carvão, o xisto e outras substâncias pirobetuminosas – sedimento rico de uma mistura, escura e viscosa, de hidrocarbonetos pesados com outros compostos oxigenados, nitrogenados e sulfurados, usado como impermeabilizante na pavimentação de estradas, na fabricação de borrachas e tintas
Em São Paulo, a exploração de folhetos pirobetuminosos no Vale do Paraíba viabilizou, em 1882, a industrialização e o fornecimento de gás de xisto para a iluminação de Taubaté. Já na Bahia, um grupo inglês chegou a implantar uma usina em 1891 para processamento de xisto na região de Maraú, desativada dois anos depois. Apesar disso, as explorações incluíam, naturalmente, o petróleo.
O período do governo imperial do Brasil deixou para o país um grande legado para a organização da geologia e dos quadros de profissionais da área, com repercussões importantes na futura história do petróleo brasileiro. Em 1886, foi criada a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo, que realizou valiosos levantamentos geográficos e estudos geológicos no interior paulista, oferecendo ainda contribuições para o estudo de outras áreas.
A pedido do imperador Dom Pedro II, foi criada, em 1876, a Escola de Minas de Ouro Preto (município mineiro) para a formação de engenheiro de minas. Além disso, foram realizadas reformas no Museu e na Biblioteca Nacional, onde passaram a exibir trabalhos originais de cientistas brasileiros e estrangeiros radicados no país, como o canadense naturalizado americano Charles Frederick Hartt (responsável pela organização da Comissão Geológico do Império do Brasil entre 1875 e 1877) e Orville Derby, que dirigia a comissão paulista – ambas consideradas marcos históricos da geologia brasileira.
terça-feira, 27 de março de 2012
O método Gás- Lift
A elevação
natural utiliza apenas a própria energia do reservatório para elevar os fluidos da
zona produtora até a superfície. Sob determinadas circunstâncias, porém, a energia
(pressão) disponível não é suficiente para manter os poços com altos valores de
produção. Nestas situações, a elevação artificial entra como um método para adicionar
energia ao fluido, complementando a energia do reservatório.
O gas-lift
(GL) é um método de elevação de petróleo, largamente usado. É
empregado não só em poços sem condições de surgência, mas também naqueles onde se
pretende aumentar a sua produção de óleo. Consiste basicamente na injeção de
gás num determinado ponto da coluna, reduzindo a densidade média dos
fluidos produzidos. Isto provoca uma diminuição no gradiente de pressão ao longo da
tubulação e, conseqüentemente, menor pressão requerida no fundo do poço. O
resultado é um aumento da vazão de produção. Ou também injetando gás de forma
intermitente elevando o fluido por meio de golfadas.
Embora existam
variações, o esquema básico de um poço equipado para produzir por gas-lift
é mostrado na figura a seguir. Ao longo da coluna de produção estão
distribuídos alguns mandris de gas-lift contendo cada um uma válvula de gas-lift. O
gás é normalmente injetado através do espaço anular revestimento coluna de
produção e penetra na coluna por meio das válvulas especialmente desenhadas
para essa finalidade.
TIPOS DE GÁS LIFT:
-
gás lift contínuo;
-
gás lift
intermitente;
-
auto gás lift;
No gás lift contínuo o gás é injetado continuamente na coluna, através
de uma válvula instalada no interior de um mandril. O gás mistura-se ao óleo
gaseificando o mesmo e reduzindo a sua densidade. Os poços assim equipados
possuem uma linha de gás natural comprimido, conectada a uma das saídas
laterais da cabeça de produção.
No
gás lift intermitente o gás é
injetado intermitentemente. È instalado na linha de gás um aparelho intermitor
e o tempo de injeção de gás. Quando injetado vai abrir a válvula operadora (
calibrada com uma determinada pressão ) e também alojada em um mandril,
arremessando para a superfície a coluna de óleo que se acumulou no interior da
mesma no intervalo de injeção.
No Auto gás lift: Utiliza-se o gás
produzido de uma outra zona do poço, acima do intervalo produtor de óleo, neste
caso não depende da alimentação externa de gás.
Componentes ( equipamentos ) utilizados no gás lift:
A)
de sub
superfície:
-
cruzeta (limitador da coluna );
-
seat niple (niple de assentamento);
-
standing valve (válvula de pé);
-
mandris com válvulas;
-
packer;
-
coluna de produção;
B)
de superfìcie:
-
A.N.;
-
Bean;
-
Intermitor/motor valve;
-
Linha de gás;
-
Estação de compressores (para comprimir o gás).
A cruzeta tem a função de limitar (impedir) a saída do interior da
coluna para o revestimento, de faca ou outros equipamentos e ferramentas de
“wire-line”.
O niple de assentamento tem a função de alojar a standing valve.
A válvula de pé tem a função de auxiliar o “kick-off” (partida do
poço de gás lift).
Os
mandris são utilizados para alojar
as válvulas do gás lift. Os tipos mais usados são MM ou MG para completação
simples e KBM ou KBMG para completação dupla. Quando descidos no poço são
numerados de cima para baixo como 1º, 2º, 3º mandril etc.
As
válvulas se alojam nos mandris e sua
função é dar passagem para os fluidos apenas no sentido anular para a coluna.
Podem ser de orifício (ex.: DKO ou RDO ), ou de pressão (ex.: BK-1 ou R-20).
Chamamos válvula operadora ou mandril operador, a válvula instalada no último
mandril da composição. Todos os demais acima dele, não atuam durante a operação
do poço. A função deles é atuar durante o “kick-off” do poço.
O “kick-off” ou partida: É efetuada
após equipar e testar o poço. O anular e tubo estarão cheios de fluido de
amortecimento. Ao ser aberta a linha de gás conectada ao anular, a pressão do
gás vai expulsando o fluido contido no anular e o tubo à proporção que as
válvulas dos mandris vão se abrindo de cima para baixo, drenando todo o fluido
da coluna até abrir a válvula operadora (última). Neste estágio o poço entrará
em funcionamento e todas as outras válvulas acima já estarão fechadas por
possuírem pressão de calibragem maior do que a operadora.
O
packer tem a função de isolar o
espaço anular do intervalo produtor.
O
bean ou válvula de agulha é
utilizado para regular ou restringir o fluxo do poço dando uma contra pressão.
Pode ser instalado na A.N. ou na estação coletora.
O
intermitor é instalado na linha de
gás de um poço de gás lift intermitente, sua função é regular automaticamente
os intervalos e a duração da injeção de gás no poço.
A
estação de compressores recebe o gás
produzido das estações coletoras ou gás já processado pela planta de gasolina
natural e comprime o mesmo utilizando imensos compressores.
Abaixo um vídeo com a demonstração do método Gás-Lift:
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