RIO — Enquanto as grandes petroleiras se preparam para o leilão do pré-sal em outubro, dezenas de pequenas e médias empresas do setor de petróleo já se programam para uma nova rodada dedicada exclusivamente a elas no primeiro semestre de 2014. Será a primeira desde 2006. A chamada rodadinha vai leiloar a princípio novos blocos terrestres em bacias já exploradas, como as do Recôncavo (Bahia), Sergipe-Alagoas, Potiguar (Rio Grande do Norte) e Espírito Santo.
Mas, segundo uma fonte do governo, ainda não é certa a inclusão na rodada dos campos marginais, áreas já exploradas e devolvidas pela Petrobras à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Por isso, para que o leilão seja bem-sucedido, a exemplo da 11ª Rodada, em maio, quando arrecadou R$ 2,8 bilhões em bônus, a ANP vai se reunir com as pequenas empresas para definir as áreas de maior interesse.
— Esses produtores vão enviar documentos para a ANP mostrando as áreas de interesse. Só aí será avaliado se os campos marginais vão ser incluídos. Hoje, há entre dez e 20 áreas devolvidas à ANP. O objetivo com essa rodadinha é estimular o crescimento dessas pequenas e médias empresas, para que elas continuem operando no setor — diz essa fonte do governo, lembrando que ainda não há uma estimativa de arrecadação.
Sem áreas, cai número de empresas e de produção
Sem licitação há oito anos, o país viu encolher o número de pequenas empresas assim como seu volume de produção. A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (Abpip) tem hoje 20 associadas, número menor que as 55 companhias habilitadas na rodadinha de 2006. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), as petroleiras privadas extraíram 3,8 mil barris de óleo equivalente por dia em abril em bacias maduras (Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo e Sergipe-Alagoas) — um recuo de 5% em relação a março. Nos campos marginais, houve queda de 11% na produção, para 70,8 barris de petróleo por dia.
— É essencial novas rodadinhas, pois os pequenos produtores são importantes para o desenvolvimento local. Desde 2005, os associados da Abpip já investiram R$ 1,6 bilhão. Sem novos negócios, é natural que muitas companhias abandonassem o setor. Por isso, não pode haver mais atrasos — disse Anabal Santos Junior, diretor-executivo da Abpip.
Até hoje, a ANP realizou duas rodadinhas. A primeira foi em 2005, quando 91 empresas disputaram 17 áreas, gerando bônus de R$ 3 milhões e investimentos de R$ 60,2 milhões. Em 2006, foram 14 áreas, que somaram bônus de R$ 1,8 milhão e investimentos de R$ 10 milhões.
ANP divulga regras em breve
Segundo Geraldo Nunes de Queiroz, secretário-executivo da Rede Petro Bahia, que reúne fornecedores do estado responsável por 47% da produção em terra no Brasil, o estímulo às pequenas empresas é importante, pois, por serem menores, conseguem ser mais inovadoras em seus processos:
— Nos EUA, a técnica de exploração do gás não convencional (shale gas) foi liderada por pequenas empresas.
Normando Paes, sócio da produtora Panergy, afirma que um novo leilão é essencial. A empresa tem hoje dois blocos.
— Temos o que levamos nos leilões. O crescimento acaba ficando restrito — diz Paes.
Para a rodadinha sair do papel, a ANP vai divulgar em breve as regras que vão balizar a classificação das empresas por tamanho e, assim, permitir a participação dessas companhias no leilão. Haverá a criação das categorias de pequenas e médias produtoras, definidas pelo volume de produção. Marcelo Magalhães, presidente da PetroRecôncavo, maior produtora independente do país, com 160 barris de petróleo por dia, diz que o sucesso do leilão estará atrelado às áreas oferecidas. Enquanto isso, a Petrobras pretende investir R$ 10,4 bilhões em média por ano até 2017 em seus 197 campos terrestres.
Mas, segundo uma fonte do governo, ainda não é certa a inclusão na rodada dos campos marginais, áreas já exploradas e devolvidas pela Petrobras à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Por isso, para que o leilão seja bem-sucedido, a exemplo da 11ª Rodada, em maio, quando arrecadou R$ 2,8 bilhões em bônus, a ANP vai se reunir com as pequenas empresas para definir as áreas de maior interesse.
— Esses produtores vão enviar documentos para a ANP mostrando as áreas de interesse. Só aí será avaliado se os campos marginais vão ser incluídos. Hoje, há entre dez e 20 áreas devolvidas à ANP. O objetivo com essa rodadinha é estimular o crescimento dessas pequenas e médias empresas, para que elas continuem operando no setor — diz essa fonte do governo, lembrando que ainda não há uma estimativa de arrecadação.
Sem áreas, cai número de empresas e de produção
Sem licitação há oito anos, o país viu encolher o número de pequenas empresas assim como seu volume de produção. A Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (Abpip) tem hoje 20 associadas, número menor que as 55 companhias habilitadas na rodadinha de 2006. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), as petroleiras privadas extraíram 3,8 mil barris de óleo equivalente por dia em abril em bacias maduras (Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo e Sergipe-Alagoas) — um recuo de 5% em relação a março. Nos campos marginais, houve queda de 11% na produção, para 70,8 barris de petróleo por dia.
— É essencial novas rodadinhas, pois os pequenos produtores são importantes para o desenvolvimento local. Desde 2005, os associados da Abpip já investiram R$ 1,6 bilhão. Sem novos negócios, é natural que muitas companhias abandonassem o setor. Por isso, não pode haver mais atrasos — disse Anabal Santos Junior, diretor-executivo da Abpip.
Até hoje, a ANP realizou duas rodadinhas. A primeira foi em 2005, quando 91 empresas disputaram 17 áreas, gerando bônus de R$ 3 milhões e investimentos de R$ 60,2 milhões. Em 2006, foram 14 áreas, que somaram bônus de R$ 1,8 milhão e investimentos de R$ 10 milhões.
ANP divulga regras em breve
Segundo Geraldo Nunes de Queiroz, secretário-executivo da Rede Petro Bahia, que reúne fornecedores do estado responsável por 47% da produção em terra no Brasil, o estímulo às pequenas empresas é importante, pois, por serem menores, conseguem ser mais inovadoras em seus processos:
— Nos EUA, a técnica de exploração do gás não convencional (shale gas) foi liderada por pequenas empresas.
Normando Paes, sócio da produtora Panergy, afirma que um novo leilão é essencial. A empresa tem hoje dois blocos.
— Temos o que levamos nos leilões. O crescimento acaba ficando restrito — diz Paes.
Para a rodadinha sair do papel, a ANP vai divulgar em breve as regras que vão balizar a classificação das empresas por tamanho e, assim, permitir a participação dessas companhias no leilão. Haverá a criação das categorias de pequenas e médias produtoras, definidas pelo volume de produção. Marcelo Magalhães, presidente da PetroRecôncavo, maior produtora independente do país, com 160 barris de petróleo por dia, diz que o sucesso do leilão estará atrelado às áreas oferecidas. Enquanto isso, a Petrobras pretende investir R$ 10,4 bilhões em média por ano até 2017 em seus 197 campos terrestres.
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