A elevação
natural utiliza apenas a própria energia do reservatório para elevar os fluidos da
zona produtora até a superfície. Sob determinadas circunstâncias, porém, a energia
(pressão) disponível não é suficiente para manter os poços com altos valores de
produção. Nestas situações, a elevação artificial entra como um método para adicionar
energia ao fluido, complementando a energia do reservatório.
O gas-lift
(GL) é um método de elevação de petróleo, largamente usado. É
empregado não só em poços sem condições de surgência, mas também naqueles onde se
pretende aumentar a sua produção de óleo. Consiste basicamente na injeção de
gás num determinado ponto da coluna, reduzindo a densidade média dos
fluidos produzidos. Isto provoca uma diminuição no gradiente de pressão ao longo da
tubulação e, conseqüentemente, menor pressão requerida no fundo do poço. O
resultado é um aumento da vazão de produção. Ou também injetando gás de forma
intermitente elevando o fluido por meio de golfadas.
Embora existam
variações, o esquema básico de um poço equipado para produzir por gas-lift
é mostrado na figura a seguir. Ao longo da coluna de produção estão
distribuídos alguns mandris de gas-lift contendo cada um uma válvula de gas-lift. O
gás é normalmente injetado através do espaço anular revestimento coluna de
produção e penetra na coluna por meio das válvulas especialmente desenhadas
para essa finalidade.
TIPOS DE GÁS LIFT:
-
gás lift contínuo;
-
gás lift
intermitente;
-
auto gás lift;
No gás lift contínuo o gás é injetado continuamente na coluna, através
de uma válvula instalada no interior de um mandril. O gás mistura-se ao óleo
gaseificando o mesmo e reduzindo a sua densidade. Os poços assim equipados
possuem uma linha de gás natural comprimido, conectada a uma das saídas
laterais da cabeça de produção.
No
gás lift intermitente o gás é
injetado intermitentemente. È instalado na linha de gás um aparelho intermitor
e o tempo de injeção de gás. Quando injetado vai abrir a válvula operadora (
calibrada com uma determinada pressão ) e também alojada em um mandril,
arremessando para a superfície a coluna de óleo que se acumulou no interior da
mesma no intervalo de injeção.
No Auto gás lift: Utiliza-se o gás
produzido de uma outra zona do poço, acima do intervalo produtor de óleo, neste
caso não depende da alimentação externa de gás.
Componentes ( equipamentos ) utilizados no gás lift:
A)
de sub
superfície:
-
cruzeta (limitador da coluna );
-
seat niple (niple de assentamento);
-
standing valve (válvula de pé);
-
mandris com válvulas;
-
packer;
-
coluna de produção;
B)
de superfìcie:
-
A.N.;
-
Bean;
-
Intermitor/motor valve;
-
Linha de gás;
-
Estação de compressores (para comprimir o gás).
A cruzeta tem a função de limitar (impedir) a saída do interior da
coluna para o revestimento, de faca ou outros equipamentos e ferramentas de
“wire-line”.
O niple de assentamento tem a função de alojar a standing valve.
A válvula de pé tem a função de auxiliar o “kick-off” (partida do
poço de gás lift).
Os
mandris são utilizados para alojar
as válvulas do gás lift. Os tipos mais usados são MM ou MG para completação
simples e KBM ou KBMG para completação dupla. Quando descidos no poço são
numerados de cima para baixo como 1º, 2º, 3º mandril etc.
As
válvulas se alojam nos mandris e sua
função é dar passagem para os fluidos apenas no sentido anular para a coluna.
Podem ser de orifício (ex.: DKO ou RDO ), ou de pressão (ex.: BK-1 ou R-20).
Chamamos válvula operadora ou mandril operador, a válvula instalada no último
mandril da composição. Todos os demais acima dele, não atuam durante a operação
do poço. A função deles é atuar durante o “kick-off” do poço.
O “kick-off” ou partida: É efetuada
após equipar e testar o poço. O anular e tubo estarão cheios de fluido de
amortecimento. Ao ser aberta a linha de gás conectada ao anular, a pressão do
gás vai expulsando o fluido contido no anular e o tubo à proporção que as
válvulas dos mandris vão se abrindo de cima para baixo, drenando todo o fluido
da coluna até abrir a válvula operadora (última). Neste estágio o poço entrará
em funcionamento e todas as outras válvulas acima já estarão fechadas por
possuírem pressão de calibragem maior do que a operadora.
O
packer tem a função de isolar o
espaço anular do intervalo produtor.
O
bean ou válvula de agulha é
utilizado para regular ou restringir o fluxo do poço dando uma contra pressão.
Pode ser instalado na A.N. ou na estação coletora.
O
intermitor é instalado na linha de
gás de um poço de gás lift intermitente, sua função é regular automaticamente
os intervalos e a duração da injeção de gás no poço.
A
estação de compressores recebe o gás
produzido das estações coletoras ou gás já processado pela planta de gasolina
natural e comprime o mesmo utilizando imensos compressores.
Abaixo um vídeo com a demonstração do método Gás-Lift:
Bem escrito
ResponderExcluirMuito boa explicação. Quando quero fazer uma reavaliação dos meus conhecimentos, sempre busco essas páginas. Obrigado.
ResponderExcluirMuito obrigado
ResponderExcluirMuito bom, gostaria de mas informações por email
ResponderExcluir