segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Processamento Primário de Fluídos


Após os hidrocarbonetos sair do poço e chegar a superfície, é necessário fazer um PROCESAMENTO PRIMÁRIO antes de enviá-los às refinarias ou dar  outro destino.
A finalidade desse processamento é obviamente a separação do óleo, gás e água ; a retirada das impurezas e partes sólidas, tratamento da água produzida para reinjeção ou descarte. As  plantas de processamento mais complexas  condicionam e comprimem o gás, além de tratar o óleo e a águas produzidos.

VASOS SEPARADORES

Nos vasos separadores é onde ocorre a separação dos fluídos produzidos (água, óleo e gás). Podem ser bifásicos, quando ocorre apenas a separção gás/líquido, ou podem ser trifásicos, quando separam também óleo e água.

Quanto à forma, os vasos podem ser classificados em: horizontais e verticais. Normalmente se utilizam vasos separadores horizontais quando não há histórico de água no poço, e os vasos separadores verticais quando temos uma fase de água. Nos vasos verticais temos três saídas ( a mais inferior para a água , a do meio para o óleo e a superior para a fase gasosa), enquanto nos vasos horizntais temos apenas duas saídas. Ao lado tem-se uma ilustração de um vaso vertical do Projeto Campo-Escola da UFBA.

Em plantas mais complexas ( a exemplo de de plantas Offshore), os fluídos podem ser aquecidos em trocadores de calor antes de chegar aos separadores, com o objetivo dos fluídos entrar nos separadores a uma temperatura ideal para fazer a separação.



Após a separação água , óleo e gás seguem caminhos diferentes e destinos diferentes.

 O Gás Natural

Após sair dos separadores, o gás passa por um tratamento (condicionamento) para retirar os contaminates, como o enxofre e o gás carbônico e atender as especificações de mercado e de segurança. Esses contaminantes são agentes que causam corrosão  dos gasodutos, alé de diminuir os custos do transporte.

Após  a etapa de condicionamento do gás natural, ele é processado, ou seja, passa por um equipamento ( chamada de UPGN- Unidade de Processamento de Gás Natural), onde se separam as frações mais leves das mais pesadas ( de maior valor comercial).

O gás seco ( gás sem HC condensáveis) após essa etapa pode ser utilizado para o uso do método gás-lift, recuperação secundária, combustivel ou pode ser mandado para o flare( Figura ao lado).

O Óleo

O óleo depois que sai dos separadores é tratado para reduzir a quantidade de água emulsionada ainda existente e para a retirada de  sais, microoganismo e gases que encontram-se dissolvidos na fase de óleo. Os sais assim como os microorganismos, são corrosivos, então as susa retiradas são indipensáveis para a "saúde" das tubulações e tanques que esse óleo irá passar, até a sua chegada nas refinarias ( que aceitam no máximo um teor de sal de 285 mg/l).

A água, além de ser bastante salina( pH normalmente menor que 7)superdimensiona as instalações e equipamentos, a exemplo das bombas, causando um maior custo operacional. Ela deve ser retirada quase completamente, antes do óleo seguir seu caminho até as refinarias. O teor de BSW aceito pela maioria das refinarias  de 1 %.

A Água

Antes de ser reinjetada ou descartada, a água produzida deve ser tratada, passando por desgasificadores, para a retirada dos gases nela contido e filtrada para a retirada de areias e/ou ainda adicionar produtos químicos para diminuir alguns teores, como o de corrosão, caso se decida pela reinjeção da água.

O descarte da água deve seguir especificações do órgão competentes como IBAMA e ANP.



Em poços onshore, as empresas operadoras  constroem "estações de tratamentos" em uma localização estratégica , onde tratam todos os fluídos dos seus poços. Essas estações fazem todos esses processo, além de outros como desparafinação, de vários poços que empresa tem na região ( 200, 300 poços), para fazer todo o tratamento do óleo , do gás e da água antes de dar o seu destino final. Ao lado temos um fotografia da bateria de tanques de uma estação de tratamento.





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