Enquanto isso, o setor fica estagnado e sem perspectivas a curto/médio prazo......
Eleições municipais é o principal entrave para a realização do novo leilão de petróleo e gás
A
demora na realização da 11ª rodada de licitações de petróleo e gás da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tem
incomodado as empresas do setor petrolífero. A principal reivindicação é
pelo fato das empresas serem contra a decisão da agência reguladora,
que prefere realizar primeiro a votação da nova distribuição dos
royalties entre os Estados para depois concretizar o novo leilão.
"Royalty
é uma discussão complicada, dificilmente a gente (Congresso Nacional)
vai conseguir votar neste ano", declarou o senador Delcídio Amaral
(PT-MS). Com a chegada das eleições municipais, modificar as regras dos
royalties poderá impactar prejudicialmente nas campanhas eleitorais. A
tendência é que a o novo leilão só ocorra no ano que vem, pois após as
eleições municipais não haverá tempo hábil para a realização do mesmo.
Segundo
o presidente do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), João Carlos de
Luca, o Brasil vai fechar este ano com a menor área em exploração (fase
antes da produção) da sua história. "Serão 115 mil quilômetros quadrados
de área em exploração no fim de 2012, ante 300 mil no ano passado. Se
até 2015 não houver novas rodadas, o país não terá mais áreas sendo
exploradas em 2016."
Todavia, a ANP trabalha com projeção de 200
mil a 250 mil quilômetros quadrados de área explorada ainda em 2012. A
agência também acredita que só não haverá mais exploração caso não haja
mais leilões nos próximos anos, o que é improvável, segundo a agência.
Com
a estagnação dos leilões, as empresas buscam alternativas para
continuarem investindo no setor. Uma das escolhas está sendo optar por
regiões em desenvolvimento, como por exemplo, a África. O Brasil está
começando a perder profissionais técnicos e equipamentos para os novos
centros promissores.
Expectativa
A 11ª
rodada de licitações das áreas de petróleo é aguardada com muita
expectativa na indústria petrolífera, já que o último leilão ocorreu em
2008 e as áreas sob concessão das petroleiras vêm diminuindo. O governo
disponibilizará 174 blocos nas regiões Norte e Nordeste, na área chamada
Margem Equatorial, onde não possui nenhum bloco da camada pré-sal.
Fonte : NN -A mídia do Petróleo
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