A petroleira brasileira HRT já está analisando áreas de exploração de
petróleo no País, de olho em uma possível retomada das rodadas de
leilões pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP) em 2012, afirmou o presidente da companhia, Marcio Rocha Mello.
Em tom de cobrança, o executivo disse confiar em uma definição sobre a
redistribuição dos royalties no ano que vem e no consequente fim do
jejum de licitações iniciado em 2008.
A HRT está esperando ansiosamente. Estamos preparados, já olhamos as
áreas, disse Mello, após receber o Prêmio Rio + Competitivo, na capital
fluminense. Sem a concessão de novas áreas nos últimos anos, a empresa
teve de ir às compras para tocar seu negócio. Porém, com a expectativa
de que o governo volte a licitar, a HRT pretende parar com as aquisições
por enquanto e centrar esforços nas áreas que já possui.
Este ano, a empresa adquiriu o direito de exploração de petróleo e
gás em blocos na Namíbia. Com essas duas compras, a HRT é a maior
concessionária de áreas no oeste da África. Temos quase 80 mil
quilômetros quadrados, o que é quase a metade de todo o pré-sal
brasileiro. Possuímos muitas áreas, declarou o executivo. Apesar disso,
Mello não descartou a compra de outras áreas ao longo do ano que vem.
Enquanto não saem os novos leilões, a empresa vem trabalhando para
iniciar sua produção no terceiro trimestre de 2012. Além da participação
em 12 blocos na Namíbia, a empresa opera 21 blocos na Bacia do
Solimões, no Amazonas. A expectativa é terminar dezembro com uma
produção de 5 mil barris de petróleo por dia.
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