segunda-feira, 30 de abril de 2012

Brasil poderá ser o segundo maior produtor de gás xisto

XISTO  Segundo estudos recentes, o aumento da produção do Shale Gas (gás natural produzido a partir do xisto), nos próximos anos, pode mudar o mercado de energia no mundo e torná-lo uma das principais fontes de energia não renovável. Estimativas colocam o Brasil, num futuro próximo, no segundo lugar como o maior produtor do insumo depois dos Estados Unidos. Em entrevista ao NN, o Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Óleo e Gás (INOG), René Rodrigues falou sobre essas perspectivas. Para René, o termo xisto não está correto. Segundo o coordenador, o termo correto seria folhelho e neste caso específico talvez, folhelho betuminoso.

PRODUÇÃO  “No Brasil, a Petrobras produz principalmente óleo e gás de folhelhos betuminosos em São Mateus do Sul no Paraná. É um processo industrial de produção de óleo e gás pelo aquecimento deste tipo de rocha em atmosfera inerte (pirólise). Neste caso, o Brasil possui a segunda reserva mundial de folhelhos betuminosos, situados na Bacia do Paraná (Formação Irati), Bacia de Taubaté (Formação Tremembé), Bacia do Parnaíba (Formação Codó) e outras ocorrências menos conhecidas”, disse René.

FOLHETOS  René frisa que, enquanto o Brasil possuir reservas de óleo e gás produzido pela própria natureza e, portanto, a um preço bem inferior, dificilmente será dado ênfase muito grande a este tipo de recursos não convencional. “Outro tipo de recurso não convencional em termos de produção, muito em voga atualmente no mundo, é o que chamamos de gás de fohelhos (shale gas). É um processo em que o gás foi produzido pela natureza e ficou retido nos microporos do folhelho. Para produzi-lo é necessário efetuar fraturamento hidráulico e perfuração horizontal nestes intervalos”, explica. Segundo o coordenador, o INOG também está se dedicando a estudar este tipo de ocorrência.

ESTUDO  De acordo com estudo da consultoria KPMG, a Argentina deverá ser o primeiro país sul-americano a produzir gás de xisto em grande escala. Com reservas estimadas em 21 trilhões de m³ do energético, o país é apontado pela pesquisa como o único da região a estar pronto para dar início à produção comercial do chamado shale gas, a começar pela província de Neuquén, no sul argentino. Segundo a AIE, o Brasil aparece em 10° lugar entre os países produtores de shale gas no mundo com reservas estimadas de 6,3 trilhões de m³. Depois dele, aparecem apenas a Polônia e a França. Nas três primeiras posições estão a China (36,1 trilhões de m³), Estados Unidos (244,09 trilhões de m³) e Argentina (21 trilhões de m³). Segundo as previsões do Energy Information Administration (EIA) norte-americano, a produção de shale gas nos Estados Unidos irá quadruplicar entre 2009 e 2035.

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