segunda-feira, 12 de março de 2012

Drilling: mercado aquecido

O incremento das atividades exploratórias em terra firme e no mar, aliado ao aumento da produção – inclusive com a perfuração de novos poços para ampliar o fator de recuperação –, aquece o setor de drilling. As principais empresas fornecedoras de bens e serviços de perfuração estão tendo que se esforçar para atender à demanda por soluções e equipamentos de ponta que assegurem às petroleiras atingir suas metas: agregar reservas e monetizar rapidamente suas descobertas para garantir o retorno de seus investimentos, dentro dos mais rígidos padrões de segurança e proteção do meio ambiente.

 

Que o mercado de drilling está aquecido, ninguém tem dúvida. Não somente por conta das gigantescas descobertas de petróleo e gás no pré-sal e também de novas reservas no pós-sal (em mar e terra firme), que têm atraído novos investidores para o país, como também pela necessidade de obter retorno para os investimentos feitos nos últimos anos.

Pesa ainda o fato de que sem leilões de novas áreas desde 2008 e com prazos que estão se esgotando para blocos adquiridos em licitações anteriores, as companhias de petróleo, grandes e pequenas, estão tentando garantir a continuidade de suas operações no país.

Esse aquecimento está visível nos relatórios mensais de perfuração de poços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Um dos mais atualizados relatórios do banco de dados da agência, esses registros refletem a aceleração da atividade nos últimos anos.

Devido aos números crescentes e do tempo de perfuração deum poço, que varia de local para local, dependendo das condições da área (principalmente em campos offshore), é difícil mensurar quantos poços novos foram feitos no último ano. Mas basta aferir os relatórios dos últimos três meses para perceber que há sondas perfurando em várias bacias
onshore e offshore.

Essas atividades vêm aumentando tanto em tradicionais áreas produtoras, como as bacias do Espírito Santo, Campos, Potiguar e Recôncavo, como também na de Santos, a mais disputada desde o advento do pré-sal, assim como nas bacias terrestres do Solimões, Amazonas e Parnaíba, onde estão atuando as mais jovens petroleiras brasileiras, como HRT e OGX. Esta última também acelerou suas operações na bacia de Campos, onde pretende produzir o primeiro óleo nos próximos seis meses.

Para se ter uma ideia de como esses números são grandiosos, de acordo com os relatórios da ANP, somente em 20 dias do último mês do ano, dezembro, dos mais de 200 poços listados mais de 70 foram
concluídos em bacias terrestres e marítimas, nas mais diversas profundidades. O restante são poços que estavam em fase de avaliação ou perfuração. 

Do total de poços listados, mais da metade está sendo perfurada ou foi concluída em áreas offshore por petroleiras como Petrobras, OGX, a norueguesa Statoil, a anglo-holandesa Shell, as norte-americanas
Chevron e Anadarko, a inglesa BP Energy, e a indiana ONGC, que entrou no Brasil há pouco mais de um ano, após trocar ativos com a Petrobras. 

Dos mais de 110 poços que estavam sendo perfurados, em avaliação ou foram concluídos entre 1º e 20 de dezembro do ano passado na costa brasileira, mais de 50 estão na bacia de Campos e um pouco mais de 30, na de Santos (incluindo os campos de Franco, Tupi Nordeste, entre outros).

Os números mostram que a atividade de perfuração em poços onshore (terra) também continua crescendo, principalmente nas bacias de Recôncavo, Potiguar, Sergipe e Parnaíba – onde a OGX fez uma espetacular
descoberta de gás natural, que ainda está sendo mensuradapela petroleira, depois de Eike Batista ter afirmado tratar- -se de “meia Bolívia”.


Somente no Recôncavo, o relatório indicava cerca de 30 poços em perfuração ou concluídos em áreas terrestres, enquanto em Sergipe havia 24 perfurações em andamento em terra firme e três em campos offshore. A OGX estava perfurando mais quatro poços na bacia de Parnaíba, enquanto a empresa capixaba Vipetro comandava a perfuração de nada menos que 14 poços em blocos terrestres do Espírito Santo, onde a Petrobras também desenvolve trabalhos similares. 


Fonte: TN Petróleo





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