terça-feira, 17 de julho de 2012

Onze blocos no Estado serão ofertados para exploração

A área total em oferta é de 7.388 quilômetros quadrados, compreendidos na Bacia do Ceará

 
Com seu primeiro poço em águas profundas em fase de perfuração pela Petrobras, o Ceará tem a possibilidade agora de avançar na produção de petróleo. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) está ofertando 11 blocos em território cearense para exploração em sua 11ª Rodada de Licitações, cuja data para ocorrer permanece indefinida.


Ao todo, no País, 87 blocos em mar serão ofertados na rodada de licitações Foto: Agência Brasil

Todos os blocos têm profundidade entre 300 e 1.500 metros. A área total em oferta é de 7.388 quilômetros quadrados, dentro da Bacia do Ceará. O bônus mínimo previsto para a aquisição dos blocos é de R$ 47 milhões.

A Bacia do Ceará hoje só tem produção petrolífera em águas rasas (menor que 300 metros de profundidade), através dos campos Atum, Xaréu, Curimã e Espada, no litoral de Paracuru. Os volumes originais nestes campos foram estimados em 71,8 milhões de metros cúbicos de petróleo e 5,8 bilhões de metros cúbicos de gás.

Primeiro poço
 
Em maio deste ano, a estatal iniciou a perfuração do primeiro poço em águas profundas, a 1.400 metros de lâmina d´água. O poço fica na concessão da Petrobras no litoral de Paracuru, a 76 quilômetros da costa. A atividade está prevista para ser concluída até setembro próximo.

As novas áreas ofertadas pela ANP para licitação estão no setor denominado SCE-AP-3 (projeção da sub-bacia de Mundaú em águas profundas), dentro do campo de Atum. A agência aponta potencial para descoberta de óleo leve na região.

A Bacia do Ceará é uma das dez bacias brasileiras responsável pela produção de petróleo e gás do País. A exploração comercial começou em 1977, no campo de Xaréu. "Além dos campos produtores, a Bacia do Ceará possui numerosos indícios de petróleo e gás, identificados em mais de dezenas de poços", diz a ANP.

174 blocos
 
Ao todo, a ANP ofertará 174 blocos - 87 em mar e outros 87 em terra - em nove bacias sedimentares brasileiras: Barreirinhas, Ceará, Paranaíba, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Potiguar, Recôncavo e Sergipe-Alagoas.

A estimativa da agência é de arrecadar, no mínimo, cerca de R$ 200 milhões com os bônus de assinatura a serem pagos pelas empresas pelos blocos.

"Serão licitados cerca de 122 mil de quilômetros quadrados de áreas exploratórias em terra e em mar. Com isso, se todos os blocos forem arrematados, a área exploratória brasileira que atualmente é de apenas 314 mil km² e vinha diminuindo nos últimos anos, terá um crescimento de 40%", informou a ANP.

A 11ª Rodada será a primeira a ser feita com o novo modelo de contrato de concessão, e estava prevista para ocorrer neste semestre. Para que a rodada ocorra, porém, é preciso que seja definida a lei dos royalties, que tramita no Congresso Nacional.

Espera por definição

"Sem a definição em lei dos royalties, não é possível esperar que um concessionário faça uma oferta se não souber quanto o projeto irá render", defende a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Maria Chambriard, durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara na semana passada. (SS)

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