Segundo
o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), não há “clima”
para votação dos dois projetos antes do recesso parlamentar, que começa
no próximo dia 18. “O principal motivo [para o adiamento] é que temos
apenas duas semanas de trabalho e há várias medidas provisórias para
serem votadas. Portanto, não há espaço de tempo para votar”, disse.
Segundo
ele, por causa da importância dos temas para o país, é necessária a
busca de entendimento para que tanto a União, como estados e municípios
não saiam prejudicados com a votação dos projetos. Chinaglia acredita
que os temas voltem à pauta logo após o fim do recesso. “Há essa
intenção de votar no segundo semestre, vamos trabalhar para estarmos
preparados para essa situação”, declarou.
De
acordo com Chinaglia, na reunião que os líderes tiveram com os
ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Garibaldi Alves
Filho, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para tratar da
votação do fim do fator previdenciário, foi analisada três situações: os
que estão na ativa e querem se aposentar, os que se aposentaram sob as
regras do fator previdenciário e os que vierem a se ingressar no regime
da Previdência Social. “Os ministérios da Fazenda e da Previdência
ficaram de levantar dados para verificar qual o impacto [da aprovação do
fator previdenciário]”, disse.
Há
também, segundo o líder do governo, a preocupação com aqueles que se
aposentaram sob a vigência do fator previdenciário, quando o estado
deixou de aplicar em aposentadorias mais de R$ 30 bilhões. “Então, qual é
a preocupação? É que do ponto de vista das finanças públicas, em
determinado momento, até por decisões judiciais, o estado tenha que
desembolsar, da noite para o dia, mais de R$ 30 bilhões”, declarou.
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