quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Entrevista Michael Fine

Gerente da Navalshore 2012, aponta os principais assuntos debatidos pelos líderes da indústria naval e offshore durante o evento

A 5X Petróleo desta semana é com o gerente da Navalshore 2012, Michael Fine, que aborda como o maior evento da indústria naval e offshore da América Latina, vem sendo preparado para atender  a cadeia de produtos e serviços da indústria naval do Brasil.

1X) NNA Navalshore 2012 terá 350 expositores nacionais e internacionais, sendo que 50 estão participando pela primeira vez, e 17 são de delegações estrangeiras. O evento também reunirá profissionais de mais de 40 países. Como você espera oferecer oportunidades de negócios e networking para estes profissionais, e quais são as suas expectativas para o evento?

Michael Fine - Analisando os dados do público visitante das últimas edições da Navalshore, percebemos uma intensa participação na feira por todos os profissionais envolvidos no processo decisório no que tange a aquisição de novos equipamentos e/ou novas tecnologias para os estaleiros, bem como a seleção de fornecedores para encomendas de novos navios e novas embarcações.  Para Navalshore 2012, procuramos criar ainda mais oportunidades para que os expositores tenham interação com esses profissionais dos estaleiros, armadores e empresas de navegação, que influenciam o processo decisório.  Por exemplo, investimos em um coquetel, que será aberto aos profissionais credenciados na Navalshore e acontecerá no dia 01 de agosto das 20h às 22h.  Lançamos a Conferência WorkBoat South America, que além de destacar as melhores práticas no segmento de apoio marítimo, também proporcionará um excelente ambiente de networking para fornecedores especializados nesse segmento. A série de workshops técnicos é outra novidade na Navalshore 2012, que também oferecerá ótimas oportunidades de networking com públicos altamente direcionados e profissionais com poder de decisão.  No conjunto de 350 empresas expositores, temos companhias de 17 países diferentes, além de cinco pavilhões exclusivos, entre eles o Pavilhão Estaleiros do Brasil. Uma outra iniciativa da UBM, que tem o apoio da ABENAV e do SINAVAL para valorizar o trabalho e o desenvolvimento da indústria nacional e oferecer um ponto de encontro para todos os profissionais dos estaleiros do Brasil que visitam a feira. Estarão no pavilhão os estaleiros Mauá, Eisa e Eisa Alagoas, Top Boats, TCE e Sea Port. Temos, este ano, um grupo muito diverso de empresas que representam, cada uma em sua especialidade, a totalidade da cadeia de fornecimento de equipamentos e serviços para a indústria naval e offshore.  Esperamos que a participação dos estaleiros do Brasil seja ainda maior e mais intensa, e que os diversos eventos paralelos dentro da Navalshore proporcionem ainda mais ROI para os expositores.

2X) NN – Durante os três dias do evento foi elaborada uma programação com cinco workshops técnicos e diferenciados que devem acontecer no período da manhã. Como está estruturada essa programação e quais são os seus objetivos com esses painéis?

Michael -Dedicamos muito tempo junto às empresas do setor para identificar como elas reagem nas questões mais importantes para o desenvolvimento do mercado como um todo. Ouvimos das empresas que seria interessante organizar um evento que oferecesse uma abordagem dos aspectos mais técnicos relacionados à produção e seus processos, orientado especificamente aos profissionais que atuam nos estaleiros. E, foi exatamente isto o que fizemos. Este ano, trouxemos experientes profissionais de empresas como Petrobrás, Aveva, ABS Consulting, Palisade Corporation, LEAN MARITIME, entre outras, para comandar cinco workshops que abordam temas como a excelência em produção no setor naval, análise qualitativa do risco de projetos de investimento, soldagem na área naval e offshore, tema de extrema importância na produção naval e offshore e que carece de profissionais capacitados, e um último, de conteúdo local, que aborda o processo de certificação de conteúdo local e requisitos da ANP. Além da série de workshops, organizamos a Conferência Navalshore, cujo tema é Cenário da Indústria Naval e Offshore Brasileira no Médio e Longo Prazo, e a Conferência WorkBoatSouth America, na sua primeira edição, que discutirá em profundidade a realidade do mercado de apoio marítimo.

3X) NN - No Complexo Industrial Portuário do Suape (Pernambuco) teremos um dos maiores conglomerados navais do mundo. A produção naval brasileira vem mostrando a sua força e ganhando cada vez mais espaço. Como você enxerga os investimentos deste setor industrial? E, quanto aos atrasos nas obras, como resolver este problema?

Michael - Como organizadores da Navalshore, procuramos oferecer ao mercado um ambiente voltado para o networking e para a troca de informações e tecnologia. Nosso objetivo maior é encurtar a distância entre a oferta e a demanda, oferecendo às empresas brasileiras a possibilidade de ter contato com o que está sendo feito no mundo e, por outro lado, oferecer às companhias baseadas fora do País a possibilidade de se aproximar deste gigantesco mercado. Conseguimos neste setor realizar um excelente equilíbrio entre os expositores, empresas da cadeia da indústria naval, e os visitantes. Essencialmente, buscamos apresentar estaleiros de todo o País e do exterior. Temos vários relatos de empresas que começaram a negociar na edição da feira do ano passado e este ano anunciarão negócios concretizados. Um exemplo é a empresa Macnor Marine iniciou contato com a empresa finlandesa Steerpropna edição da Navalshore do ano passado e este ano volta para a feira para celebrar o contrato de representação Steerprop, no Brasil, com estimativa em volume de negócios anuais entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões.

4X) NN – Em 2011, 80% dos estaleiros do Brasil, oriundos de 10 estados diferentes, marcaram presença no evento. Neste ano, a feira apresenta mais de 350 expositores. Por que você acredita que os expositores devem colocar um stand na Navalshore? Qual é a importância deste evento para o Brasil?

Michael - Como dito anteriormente, a Navalshore é estratégica para a indústria naval e offshore porque é uma oportunidade única de encontrar em um mesmo ambiente, os executivos de alto poder de decisão das principais empresas do setor. Na Navalshore, o expositor tem uma oportunidade de estreitar o relacionamento e destacar os diferenciais dos seus produtos para os profissionais de todos os departamentosdas edas mpresas compradoras que influenciam o processo decisório, tais como engenharia, produção, projetos, operações, finanças e a diretoria.  Além disso, cada vez mais os estaleiros, armadores e empresas de navegação do setor visitam a Navalshore com o objetivo específico de conhecer novos produtos, buscar novos fornecedores e avaliar as opções de compra de produtos e serviços dos melhores fornecedores marítimos do mundo. Ou seja, o evento é de suma importância para o setor brasileiro como um todo, pois oferecer um ambiente onde todos os profissionais que atuam no setor poderão encontrar soluções e oportunidades para melhorar os resultados das suas empresas.

5X) NN - A UBM Brazil apresentará um workshop especial sobre as normas da legislação brasileira referente aos requerimentos da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em relação ao conteúdo local no setor naval. Diante disto, quais serão os temas abordados nestas palestras? A feira também reúne os principais representantes deste setor no Brasil. Você acredita que o retorno proporcionado pela Navalshore aos expositores pode interferir nos preparativos da décima edição da feira em 2013? Você já teria uma prévia da feira do ano que vem?

Michael - Esta palestra, que será ministrada pela gerente da ABS Consulting, Thereza Moreira é de extrema relevância para todas as empresas do setor, sejam elas nacionais ou internacionais, empresas compradoras ou fornecedoras. Sabe-se do desafio que é para a indústria naval cumprir com as exigências do conteúdo local sem perder a competitividade e nada mais produtivo do que abordar todas as vertentes do assunto para melhorar a compreensão sobre o tema e embasar as diretrizes de atuação. Conversamos com os expositores da Navalshore e todos confirmaram que há um grande benefício em ser expositor da feira é que durante três dias se tem a oportunidade de estreitar um grande relacionamento com todos os profissionais que futuramente impactarão a compra do seu produto. Para a 10ª Navalshore, que será realizada no Centro de Convenções SulAmérica, nos dias 06 a 08 de agosto de 2013, como sempre vamos continuar buscando incrementar o ROI e o valor agregado que o evento proporciona para os expositores, visitantes e parceiros. Devido à intensa procura pelo mercado, pretendemos continuar com a série de workshops técnicos e com a segunda edição da Conferência WorkBoat South America. Já recebemos respostas positivas de vários expositores e muitas solicitações de empresas que têm interesse em expor em 2013.  Então, esperamos que Navalshore 2013 seja mais um grande encontro para o setor no Brasil.

Fonte: NN 

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