A Shell tem interesse em avaliar todos os ativos que vão compor a 11ª Rodada de Licitações de blocos de exploração de petróleo e gás pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para maio de 2013, bem como a primeira licitação para o pré-sal, anunciada para novembro pelo governo federal. "Não temos ainda a definição de quais vão ser os blocos. Estrategicamente, temos interesse em todos: offshore (no mar), onshore (terrestres), no Nordeste ou na margem equatorial.
Vamos esperar a definição (das áreas) e fazer a análise técnica", afirmou o presidente da Shell Brasil, André Araújo, em palestra organizada pela Câmara Britânica de Comércio e Indústria, no Rio. Araújo afirmou que a prioridade da petroleira é ser operadora dos blocos que eventualmente arrematar, mas que não descarta atuar em parceria com outras companhias, como não-operadora. Segundo ele, a Shell considera a possibilidade de fazer alianças ou comprar áreas já em exploração por outras companhias.
"A Shell faz a revisão de seu portfólio regularmente. Desinvestimos há pouco de alguns ativos, mas olhamos oportunidades frequentemente", disse. Para Araújo, a aquisição de ativos é uma alternativa para o crescimento no Brasil. Isso porque, a despeito de novos leilões, as áreas disponíveis para exploração deverão atingir os piores níveis em 2014. "As áreas estarão muito reduzidas.
A outra alternativa é comprar áreas de quem já está produzindo", afirmou. O executivo ressaltou que a retomada dos leilões pela ANP vai garantir a manutenção e o crescimento da produção de petróleo e gás no País nos próximos anos. "Mais importante que os leilões do ano que vem é a retomada de leilões regulares", disse. Além de blocos offshore, a Shell tem expectativa sobre os blocos terrestres em que vê potencial de boas reservas de gás de xisto (shale gas) no País.
Araújo preferiu não detalhar planos de exploração do gás não-convencional no Brasil. Em 2013, a empresa faz a primeira perfuração onde há potencial de presença de xisto. "Vamos depender dos leilões para ter uma ideia do potencial. Mas a Shell tem liderança nesse mercado e terá interesse em oportunidades", afirmou.
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