sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Explorando o potencial de reservas não-convencionais

Reportagem retirada do woodgroupnews.com


Este é um momento muito interessante para projetos não-convencionais de petróleo e gás. A crescente demanda internacional por hidrocarbonetos significa que o Wood Group vem ajudando seus clientes a explorar recursos não-convencionais.

Wood Group Wagners
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Em termos simples, petróleo e gás "não-convencionais" são recursos até então considerados muito difíceis ou muito caros de se explorar utilizando métodos tradicionais.
Entretanto, os atuais preços dos hidrocarbonetos levaram muitos países e companhias a reavaliar o valor de suas reservas não-convencionais.
Para alguns países, uma atração adicional está no fato de que esses depósitos, não raro vastos, garantirão décadas de suprimento, senão séculos, reduzindo sua dependência das importações de petróleo e gás.
Muitos desses recursos não-convencionais, em particular os campos de xisto, foram descobertos há décadas. O problema é que, até bem pouco tempo atrás, não existia a tecnologia capaz de permitir a extração das valiosas jazidas de petróleo e gás das camadas permeadas por tais recursos.
Isso vem mudando nos últimos 10 anos.
"Estou empolgado com o potencial de gás de xisto e pela rapidez com que a indústria tem avançado para aprender como extrair esse gás de maneira segura", afirma Don Miller, gerente de marketing da Wood Group Logging Services, empresa que fornece uma linha completa de serviços de revestimento de poços para extração de xisto e outras complexas situações de completação. Dentre estas se destacam a perfilação de poços revestidos, perfuração, perfuração com tubos, recuperação de tubulações, inspeção de revestimentos e perfis de produção para poços horizontais e verticais.
Esse novo conhecimento contemplou, de forma notável, uma experiência com a perfuração de poços horizontais que seguem as camadas de xisto e o fraturamento hidráulico ("frac'ing"), que utiliza fluido sob alta pressão para criar fissuras na rocha e, assim, permitir a liberação do petróleo e do gás do xisto, fazendo com que fluam na direção do furo do poço. Nos EUA, o governo está cooperando com a indústria para estudar os eventuais impactos do fraturamento nos lençóis freáticos.
"No poço não-convencional, o furo tem duas partes: a seção vertical, que leva até a estrutura betuminosa, e depois a seção horizontal, que expõe a rocha com o maior depósito", explica Don.
"Descer não é tão problemático quando a gravidade está do seu lado. À medida que a perfuração passa para o sentido horizontal, porém, a vida se torna mais difícil, pois a gravidade certamente não trabalha a seu favor."
A exploração de depósitos betuminosos não raro exige a instalação de uma infra-estrutura até então inexistente. Isso está expondo uma carência de pessoal à medida que o setor se aquece, além, claro, de oportunidades para as empresas do Wood Group.
"Esperamos tirar proveito de nossa consolidação nessas áreas de xisto, pois os recursos estão escassos em todo lugar, não apenas em termos de infra-estrutura, mas também em termos de pessoal qualificado", aponta Mitch Fralick, presidente a Associação de Auxílio ao Produtor (Producers Assistance Corporation, ou PAC) do Wood Group, sediada em Houston.
A PAC oferece uma vasta gama de recursos humanos para operadoras de poços, desde consultores de completação de perfuração até equipes de apoio de operação e manutenção (O&M). Um indicador do crescimento da exploração de xisto pode ser detectado no fato de que 30% dos 560 empregados da PAC no momento estão envolvidos com esse tipo de jazida.
Além das novas tecnologias, as novas atividades também inauguraram novos métodos de perfuração. "As operações em células têm se tornado mais comuns, o que permite perfurar um maior número de poços a partir de uma menor área de superfície, minimizando a destruição da paisagem", afirma Ian Milne, presidente da área de controle de pressão do Wood Group.
Em algumas das células maiores, não é raro ver operações simultâneas de perfuração, fraturamento e circulação reversa acontecendo em harmonia. "É algo digno de contemplação", afirma Ian.
Wood Group Pressure Control
Jesse Campos (à esquerda) e Paul Barnett, funcionários da área de controle de pressão do Wood Group, inspecionam equipamentos de um poço de gás no Xisto Haynesville, próximo a Shreveport, Louisiana, EUA.



A área de controle de pressão do Wood Group desenvolveu novos equipamentos para atender poços não-convencionais. A instalação rápida e segura de cabeças-de-poço e equipamentos para controle de poços é importante. Além disso, constitui serviços de aluguel de válvulas de fraturamento e equipamentos auxiliares, oferecendo maior segurança, confiabilidade e eficiência.
A área de controle de pressão do Wood Group oferece total conveniência para seus clientes, oferecendo uma abrangente solução – equipamentos para cabeça-de-poço, aluguel de equipamentos para fraturamento, árvores de produção, além de serviços de instalação e manutenção – tudo a partir de uma única fonte.
Usando o metanoUma vantagem de se usar o gás de xisto é a queima limpa dessa substância. Isto também vale para outro recurso não-convencional, o metano encontrado em jazidas carboníferas (coal bed methane, CBM, ou coal seam gas, CSG).
Essencialmente, o CSG constitui-se de metano adsorvido na matriz sólida do carvão. Sendo altamente inflamável e não respirável, há muito o metano foi considerado mais uma ameaça do que uma vantagem na indústria da mineração, sendo tradicionalmente liberado na atmosfera. Essa prática está mudando. O Wood Group está trabalhando para ajudar a produzir metano de forma segura e eficiente, aproveitando o gás com segurança na forma de subproduto de atividades de mineração e também em projetos implementados primariamente com vistas à extração de metano.
"Atualmente não há uma produção muito grande, mas o potencial é enorme", afirma Alan Fotheringham, gerente-geral da Wood Group Wagners, sediada em Melbourne.
A Wood Group Wagners procura explorar esse potencial. Criada em 2010, a empresa reúne a experiência mundial com instalações de engenharia e produção do Wood Group e o conhecimento de transporte e infraestrutura da Wagner, preparados para atender às mais remotas e inóspitas localidades do estado australiano de Queensland.
Atualmente, todo o CSG produzido na Austrália é destinado ao uso doméstico, seja em geradores de força ou lares. "No entanto, o motivo pelo qual estamos aqui é que nos próximos três ou cinco anos vai aparecer um enorme mercado exportador, por isso o gás será liquefeito e exportado, principalmente para a Ásia", afirma Alan.
Uma característica peculiar do CSG é que ele é acompanhado por grandes volumes de água. Quando a sonda penetra nas juntas rochosas, a água flui para o poço vertical e sobe, liberando o gás em seu trajeto para cima.
Essa água requer tratamento, especialmente em Queensland, onde é muito salobra: "você não pode simplesmente jogar essa água num rio ou córrego", explica Alan. "Historicamente, essa água era desviada para grandes lagoas de evaporação. No entanto, isto foi proibido em função de preocupações ambientais. Essa água deve ser tratada e eliminada de forma benéfica."
A WGW atua com excelência para dar boa destinação a essa água e atualmente estuda uma série de métodos para seu uso, inclusive reflorestamento, injeção em aquíferos, fluxos fluviais complementares e aplicações comerciais.
No outro lado do mundo, uma fonte de energia bem diferente já está sendo explorada em grande escala.
As áreas betuminosas do oeste do Canadá são fontes de vastos recursos. O espesso material betuminoso pode não ter boa aparência, mas estima-se que as reservas canadenses sejam as segundas em tamanho em termos de hidrocarbonetos, perdendo apenas para as da Arábia Saudita.
A IMV Projects, empresa de Calgary especializada em execução de projetos, já está no centro da ação. "A IMV Projects tem se especializado basicamente no desenvolvimento in loco nos últimos 11 anos", afirma Dawn MacDonald, da área de desenvolvimento de negócios.
"Nesses projetos, uma instalação de processamento central gera vapor para as células de poços remotas, sendo que cada uma tem de quatro a 24 pares de poços. O poço superior de cada par é o injetor, o qual leva o vapor para baixo até a subsuperfície das areias betuminosas. O petróleo bruto e o condensado de água são recuperados por meio do poço produtor inferior e fluem para cima por meio de tubulações até a instalação de processamento central, onde são tratados." O petróleo processado normalmente é misturado a diluentes e segue por dutos até instalações de aprimoramento, sendo que a maior parte da produção é exportada para os EUA.
A Wood Group Logging Services, no entanto, está exportando seu conhecimento a partir dos EUA. Embora a maior parte de seu trabalho esteja localizada nos EUA, a empresa também é chamada para cuidar de projetos específicos de clientes de outros países.
Isto se deve, em parte, ao fato de que "operações" não-convencionais em regiões como Ásia, Oriente Médio e América Latina, ainda são, em geral, novas e inexploradas. Na Argentina, por exemplo, a WGLS está cooperando com companhias petrolíferas para estudar como serão essas operações de longo prazo. Com 35% de suas atividades no segmento não-convencional da indústria, a Wood Group Logging Services valoriza a importância desses recursos.

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