Este é um momento muito interessante para projetos não-convencionais de petróleo e gás. A crescente demanda internacional por hidrocarbonetos significa que o Wood Group vem ajudando seus clientes a explorar recursos não-convencionais.
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Em termos simples, petróleo e gás "não-convencionais"
são recursos até então considerados muito difíceis ou muito caros de se
explorar utilizando métodos tradicionais.
Entretanto, os atuais preços dos hidrocarbonetos levaram muitos
países e companhias a reavaliar o valor de suas reservas
não-convencionais.
Para alguns países, uma atração adicional está no fato de que esses
depósitos, não raro vastos, garantirão décadas de suprimento, senão
séculos, reduzindo sua dependência das importações de petróleo e gás.
Muitos desses recursos não-convencionais, em particular os campos de
xisto, foram descobertos há décadas. O problema é que, até bem pouco
tempo atrás, não existia a tecnologia capaz de permitir a extração das
valiosas jazidas de petróleo e gás das camadas permeadas por tais
recursos.
Isso vem mudando nos últimos 10 anos.
"Estou empolgado com o potencial de gás de xisto e pela rapidez com
que a indústria tem avançado para aprender como extrair esse gás de
maneira segura", afirma Don Miller, gerente de marketing da Wood Group
Logging Services, empresa que fornece uma linha completa de serviços de
revestimento de poços para extração de xisto e outras complexas
situações de completação. Dentre estas se destacam a perfilação de poços
revestidos, perfuração, perfuração com tubos, recuperação de
tubulações, inspeção de revestimentos e perfis de produção para poços
horizontais e verticais.
Esse novo conhecimento contemplou, de forma notável, uma experiência
com a perfuração de poços horizontais que seguem as camadas de xisto e o
fraturamento hidráulico ("frac'ing"), que utiliza fluido sob alta
pressão para criar fissuras na rocha e, assim, permitir a liberação do
petróleo e do gás do xisto, fazendo com que fluam na direção do furo do
poço. Nos EUA, o governo está cooperando com a indústria para estudar os
eventuais impactos do fraturamento nos lençóis freáticos.
"No poço não-convencional, o furo tem duas partes: a seção vertical,
que leva até a estrutura betuminosa, e depois a seção horizontal, que
expõe a rocha com o maior depósito", explica Don.
"Descer não é tão problemático quando a gravidade está do seu lado. À
medida que a perfuração passa para o sentido horizontal, porém, a vida
se torna mais difícil, pois a gravidade certamente não trabalha a seu
favor."
A exploração de depósitos betuminosos não raro exige a instalação de
uma infra-estrutura até então inexistente. Isso está expondo uma
carência de pessoal à medida que o setor se aquece, além, claro, de
oportunidades para as empresas do Wood Group.
"Esperamos tirar proveito de nossa consolidação nessas áreas de
xisto, pois os recursos estão escassos em todo lugar, não apenas em
termos de infra-estrutura, mas também em termos de pessoal qualificado",
aponta Mitch Fralick, presidente a Associação de Auxílio ao Produtor (Producers Assistance Corporation, ou PAC) do Wood Group, sediada em Houston.
A PAC oferece uma vasta gama de recursos humanos para operadoras de
poços, desde consultores de completação de perfuração até equipes de
apoio de operação e manutenção (O&M). Um indicador do crescimento da
exploração de xisto pode ser detectado no fato de que 30% dos 560
empregados da PAC no momento estão envolvidos com esse tipo de jazida.
Além das novas tecnologias, as novas atividades também inauguraram
novos métodos de perfuração. "As operações em células têm se tornado
mais comuns, o que permite perfurar um maior número de poços a partir de
uma menor área de superfície, minimizando a destruição da paisagem",
afirma Ian Milne, presidente da área de controle de pressão do Wood
Group.
Em algumas das células maiores, não é raro ver operações simultâneas
de perfuração, fraturamento e circulação reversa acontecendo em
harmonia. "É algo digno de contemplação", afirma Ian.
Jesse Campos (à esquerda) e Paul Barnett,
funcionários da área de controle de pressão do Wood Group, inspecionam
equipamentos de um poço de gás no Xisto Haynesville, próximo a
Shreveport, Louisiana, EUA.
A área de controle de pressão do Wood Group desenvolveu novos
equipamentos para atender poços não-convencionais. A instalação rápida e
segura de cabeças-de-poço e equipamentos para controle de poços é
importante. Além disso, constitui serviços de aluguel de válvulas de
fraturamento e equipamentos auxiliares, oferecendo maior segurança,
confiabilidade e eficiência.
A área de controle de pressão do Wood Group oferece total
conveniência para seus clientes, oferecendo uma abrangente solução –
equipamentos para cabeça-de-poço, aluguel de equipamentos para
fraturamento, árvores de produção, além de serviços de instalação e
manutenção – tudo a partir de uma única fonte.
Usando o metanoUma vantagem de se usar o gás de
xisto é a queima limpa dessa substância. Isto também vale para outro
recurso não-convencional, o metano encontrado em jazidas carboníferas (coal bed methane, CBM, ou coal seam gas, CSG).
Essencialmente, o CSG constitui-se de metano adsorvido na matriz
sólida do carvão. Sendo altamente inflamável e não respirável, há muito o
metano foi considerado mais uma ameaça do que uma vantagem na indústria
da mineração, sendo tradicionalmente liberado na atmosfera. Essa
prática está mudando. O Wood Group está trabalhando para ajudar a
produzir metano de forma segura e eficiente, aproveitando o gás com
segurança na forma de subproduto de atividades de mineração e também em
projetos implementados primariamente com vistas à extração de metano.
"Atualmente não há uma produção muito grande, mas o potencial é
enorme", afirma Alan Fotheringham, gerente-geral da Wood Group Wagners,
sediada em Melbourne.
A Wood Group Wagners procura explorar esse potencial. Criada em 2010,
a empresa reúne a experiência mundial com instalações de engenharia e
produção do Wood Group e o conhecimento de transporte e infraestrutura
da Wagner, preparados para atender às mais remotas e inóspitas
localidades do estado australiano de Queensland.
Atualmente, todo o CSG produzido na Austrália é destinado ao uso
doméstico, seja em geradores de força ou lares. "No entanto, o motivo
pelo qual estamos aqui é que nos próximos três ou cinco anos vai
aparecer um enorme mercado exportador, por isso o gás será liquefeito e
exportado, principalmente para a Ásia", afirma Alan.
Uma característica peculiar do CSG é que ele é acompanhado por
grandes volumes de água. Quando a sonda penetra nas juntas rochosas, a
água flui para o poço vertical e sobe, liberando o gás em seu trajeto
para cima.
Essa água requer tratamento, especialmente em Queensland, onde é
muito salobra: "você não pode simplesmente jogar essa água num rio ou
córrego", explica Alan. "Historicamente, essa água era desviada para
grandes lagoas de evaporação. No entanto, isto foi proibido em função de
preocupações ambientais. Essa água deve ser tratada e eliminada de
forma benéfica."
A WGW atua com excelência para dar boa destinação a essa água e
atualmente estuda uma série de métodos para seu uso, inclusive
reflorestamento, injeção em aquíferos, fluxos fluviais complementares e
aplicações comerciais.
No outro lado do mundo, uma fonte de energia bem diferente já está sendo explorada em grande escala.
As áreas betuminosas do oeste do Canadá são fontes de vastos
recursos. O espesso material betuminoso pode não ter boa aparência, mas
estima-se que as reservas canadenses sejam as segundas em tamanho em
termos de hidrocarbonetos, perdendo apenas para as da Arábia Saudita.
A IMV Projects, empresa de Calgary especializada em execução de
projetos, já está no centro da ação. "A IMV Projects tem se
especializado basicamente no desenvolvimento in loco nos últimos 11 anos", afirma Dawn MacDonald, da área de desenvolvimento de negócios.
"Nesses projetos, uma instalação de processamento central gera vapor
para as células de poços remotas, sendo que cada uma tem de quatro a 24
pares de poços. O poço superior de cada par é o injetor, o qual leva o
vapor para baixo até a subsuperfície das areias betuminosas. O petróleo
bruto e o condensado de água são recuperados por meio do poço produtor
inferior e fluem para cima por meio de tubulações até a instalação de
processamento central, onde são tratados." O petróleo processado
normalmente é misturado a diluentes e segue por dutos até instalações de
aprimoramento, sendo que a maior parte da produção é exportada para os
EUA.
A Wood Group Logging Services, no entanto, está exportando seu
conhecimento a partir dos EUA. Embora a maior parte de seu trabalho
esteja localizada nos EUA, a empresa também é chamada para cuidar de
projetos específicos de clientes de outros países.
Isto se deve, em parte, ao fato de que "operações" não-convencionais
em regiões como Ásia, Oriente Médio e América Latina, ainda são, em
geral, novas e inexploradas. Na Argentina, por exemplo, a WGLS está
cooperando com companhias petrolíferas para estudar como serão essas
operações de longo prazo. Com 35% de suas atividades no segmento
não-convencional da indústria, a Wood Group Logging Services valoriza a
importância desses recursos.
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